Marina diz que Rede fará oposição a novo governo
Candidata da Rede critica ‘polarização’ e afirma que partido ainda vai avaliar sua posição no 2º turno
A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, afirmou ontem à noite que, “independentemente” de quem vença o segundo turno – Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT) –, ela e seu partido vão fazer oposição ao novo governo. “O Brasil vai precisar de uma oposição democrática. Podemos assegurar: estaremos na oposição porque é a única forma de quebrar o ciclo vicioso”, afirmou ela. Com 99,9% das seções apuradas, ela tinha 1% dos votos.
Questionada sobre quem vai apoiar a partir de agora, evitou dar uma resposta direta. “Ainda vamos avaliar isso”, respondeu ela, acrescentando que não ter “nenhuma identificação com nenhum projeto autoritário, pelo menos da minha parte”. “Mas também é preciso que se reconheça que a democracia é prejudicada tanto pelas ideias autoritárias quanto pelo uso da corrupção que distorce a opção soberana dos eleitores como aconteceu em 2014 com tudo o que está aí.”
Pela manhã, ao votar em Rio Branco, a candidata voltou a reforçar as críticas a Bolsonaro e ao PT, dizendo que a polarização não ajuda a qualificar a democracia.
“Os dois partidos que hoje estão fazendo a polarização não são alternativas para a sociedade brasileira. Por isso, que eu e o Eduardo (Jorge, seu vice na chapa) fizemos uma campanha com propostas que são perfeitamente possíveis de serem executadas após a nossa eleição”, afirmou. “Não fomos pelo caminho tentador das promessas mirabolantes e muito menos de fazer o discurso fácil da desconstrução, da violência, do uso de fake news. Nossa campanha foi uma campanha feita para oferecer a outra face.”