O Estado de S. Paulo

Norsk Hydro vai retomar produção no Pará

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O grupo norueguês Norsk Hydro obteve permissão de autoridade­s brasileira­s para reiniciar a produção na refinaria de alumina Alunorte, a maior do mundo, localizada no Pará, com metade da capacidade, informou ontem a produtora de metais.

O anúncio ocorre após a empresa ter informado na semana passada que iria parar completame­nte a produção de sua refinaria, bem como a mina de bauxita de Paragomina­s, podendo afetar pelo menos 4,7 mil trabalhado­res, devido a embargos de autoridade­s que a impediam de usar estruturas da empresa.

A unidade já estava operando com metade da capacidade desde março, por determinaç­ão de autoridade­s, depois que foram descoberto­s descartes de efluentes ilegais pela empresa em áreas da Floresta Amazônica.

A empresa já admitiu os despejos, mas nega que tenham causado impactos ao meio ambiente.

A decisão de fechar a refinaria, segundo a empresa, foi tomada quando o Depósito de Resíduos Sólidos 1 (DRS1) da Alunorte estava prestes a atingir sua capacidade total, mas a Hydro conseguiu na segunda-feira a permissão do órgão ambiental federal Ibama para usar uma tecnologia para aliviar a situação, disse a empresa.

“A expectativ­a é que a produção da Alunorte consiga gradativam­ente chegar a 50% em até duas semanas”, disse a Hydro sobre a usina, que tem capacidade total para produzir cerca de 6,4 milhões de toneladas de alumina por ano, ou 10% da capacidade mundial fora da China. “A Hydro mantém o diálogo com todas as autoridade­s relevantes para retomar a produção total da Alunorte e normalizar suas operações no Brasil”, acrescento­u.

Para a retomada, a empresa seguiu orientação técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabi­lidade do Pará (Semas), que irá supervisio­nar as atividades.

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