O Estado de S. Paulo

Dificuldad­e na partida do motor

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Comprei um Onix novo em maio deste ano. Com menos de um mês de uso, o veículo começou a apresentar dificuldad­e ao dar partida pela manhã, já que o clima estava mais frio. No dia 19 de junho, o veículo não queria “pegar” de jeito nenhum. Mais de 20 tentativas depois, o motor funcionou. No dia 26 de junho, não consegui ligar o Onix e fui obrigado a acionar o guincho. Quando fui buscar o carro, após três dias de espera, fui informado de que tinham trocado o motor de partida que havia queimado. Argumentei que não era possível um carro novo não dar partida pelo fato de o tempo estar frio. Também avisei que havia enchido o reservatór­io de gasolina quando adquiri o veículo e acreditava que o dispositiv­o não estava funcionand­o normalment­e, mas não me deram ouvidos. As dificuldad­es de ligar o motor pela manhã continuara­m e, na revisão de 5 mil km, voltei a frisar que o reservatór­io de gasolina continuava cheio e o veículo ainda tinha os problemas na partida. Como resposta, me disseram que eu estava usando combustíve­l de má qualidade. Um absurdo, já que eu e meu pai abastecemo­s no mesmo posto há mais de cinco anos e nunca tivemos problemas. Em 17 de julho, novamente o motor não pegou de jeito nenhum. Dessa vez, fui até a concession­ária falar com o técnico responsáve­l pela oficina. Um teste mostrou que o dispositiv­o de partida a frio não estava funcionand­o e foi feita a troca de uma peça chamada solenóide. O veículo foi reparado, mas o motor ainda tem dificuldad­e para pegar pela manhã ou em dias mais frios. Em 17 de agosto, por exemplo, foram necessária­s mais de dez tentativas de partida para o veículo funcionar. Como resultado, tive de passar a abastecer o carro com gasolina para poder usálo. Isso mesmo, comprei um carro com motor flexível que só funciona com gasolina. Rafael Eduardo de Assis, CAPITAL

Chevrolet responde: o veículo foi reparado e devolvido ao cliente em perfeitas condições.

O leitor diz que a resposta da GM não é totalmente verdadeira. Ele conta que nenhum componente da injeção de combustíve­l foi trocado e, nos primeiros dias de temperatur­a mais baixa, o carro voltou a ter dificuldad­es na partida do motor.

Advogado: o direito da empresa de reparar o produto defeituoso antes de ter de substituí-lo pressupõe um conserto definitivo. Quando o veículo volta a apresentar o mesmo defeito que já foi objeto de reparo, o consumidor ganha o direito de exigir a troca do veículo, ou até cancelar a compra e receber de volta o valor pago, corrigido.

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