O Estado de S. Paulo

Corinthian­s perde a 1ª Cruzeiro vence jogo de ida da final da Copa do Brasil.

Derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro no primeiro jogo da decisão mantém briga pelo título aberta e time alvinegro confia em reverter o quadro em Itaquera

- João Prata ENVIADO ESPECIAL BELO HORIZONTE

O Corinthian­s voltou a apresentar os mesmos defeitos dos últimos jogos e perdeu para o Cruzeiro por 1 a 0 ontem no Mineirão, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil. O ataque, mais uma vez foi ineficient­e e não chutou a gol. O setor defensivo deu espaço, Thiago Neves infernizou a zaga paulista e marcou o gol da vitória no finalzinho do primeiro tempo. Mas dos males o menor: a derrota por diferença mínima deixa a disputa aberta e os corintiano­s acreditam plenamente que podem reagir em Itaquera. Por isso, não lamentaram.

Agora, o time de Jair Ventura precisa ganhar por dois gols de diferença na próxima quartafeir­a para ficar com o título. Se vencer por um, levará a decisão para os pênaltis.

Os cruzeirens­es saíram satisfeito­s com o resultado, mas sabem que podiam ter feito mais. “Essa vantagem é pequena, mas muito importante. Até pelas chances claras de gol o placar poderia ter sido maior. A gente criou, tentamos. O Cássio fez defesas fantástica­s. Lá em São Paulo o jogo vai ser disputado e com muita pressão, por isso a vantagem é importante”, disse Thiago Neves. “É uma final, qualquer tipo de vantagem é importante”, emendou Dedé.

Os corintiano­s também gostaram. “Resultado mínimo, não queríamos sair atrás, mas estamos muito vivos ainda. Diante de nossa torcida, que vai nos apoiar, vamos para cima, fazer um jogo inteligent­e. Lá em São Paulo a história vai ser diferente’’, prometeu Gabriel.

O Corinthian­s até deu a impressão de que estava disposto a sair mais para o jogo. A postura era completame­nte diferente daquela contra o Flamengo, no Maracanã, no jogo de ida da semifinal. Romero estava ligado e era quem tentava mais buscar o jogo. O Cruzeiro tinha um pouco mais de posse de bola, mas não conseguia chutar a gol.

As coisas começaram a mudar a partir dos 18 minutos, graças a Thiago Neves. O meia estava inspirado. Ele primeiro obrigou Cássio a defender chute cruzado. Na sequência, cabeceou para fora. Um pouco depois, chutou cruzado e mandou na trave. Thiago Neves insistia. Foi dele o cruzamento na cabeça de Léo, que Cássio fez um verdadeiro milagre.

O Corinthian­s foi recuando. Nas arquibanca­das, a Fiel em muito menor número do que a torcida rival cantava mais alto e tentava empurrar o time. Cássio buscava esfriar o jogo. Caiu

pelo menos duas vezes e pediu atendiment­o médico.

Gabriel dava espaço na marcação. E Thiago Neves aproveitav­a. Aos 46, Egídio fez boa jogada pela esquerda e o camisa 10, desta vez mandou para as redes. A bola ainda tocou na mão de Henrique e entrou.

Mesmo precisando buscar o empate, o Corinthian­s não conseguia reagir. Então, Jair colocou

Pedrinho aos 15 minutos no lugar do apagado Clayson. Depois veio Araos na vaga de Vital, que também não fez nada.

O Corinthian­s tinha mais posse de bola, mas era o Cruzeiro quem mais chegava perto do segundo. Jadson, outro apagado em campo, deu lugar a Sheik. Mas nada mudou. Nos acréscimos, Araos ainda foi expulso.

Gabriel VOLANTE DO CORINTHIAN­S ‘Estamos muito vivos ainda. Diante de nossa torcida, vamos para cima’

 ?? FOTOS: ALEX SILVA/ESTADÃO ?? Lance decisivo. Melhor em campo, Thiago Neves fez o gol do Cruzeiro, em lance em que a bola bateu em Henrique e desviou do goleiro Cássio
FOTOS: ALEX SILVA/ESTADÃO Lance decisivo. Melhor em campo, Thiago Neves fez o gol do Cruzeiro, em lance em que a bola bateu em Henrique e desviou do goleiro Cássio
 ??  ?? Disposição. Jogo foi bastante disputado; Corinthian­s voltou a jogar de maneira defensiva
Disposição. Jogo foi bastante disputado; Corinthian­s voltou a jogar de maneira defensiva

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