O Estado de S. Paulo

• MDB anuncia ‘neutralida­de’

Pelo menos outros oito partidos (PP, PSD, PR, PSDB, PPS, Novo, DEM e Solidaried­ade) liberaram filiados para votar segundo suas convicções

- Renan Truffi / BRASÍLIA

Partido do presidente Michel Temer e do presidenci­ável derrotado Henrique Meirelles não vai apoiar nenhum dos candidatos que estão no segundo turno.

O presidente do MDB, senador Romero Jucá, anunciou ontem que a maioria do partido optou pela neutralida­de no segundo turno. Após conversar com a Executiva da legenda e com o presidente Michel Temer, Jucá disse que o partido vai ficar “independen­te” e liberar seus integrante­s a votarem “com a consciênci­a” ou de acordo com a “conjuntura local”.

“Conversei com a maioria da Executiva do partido, a bancada federal da Câmara também foi consultada, e nós estamos tomando uma posição de neutralida­de. Não vamos apoiar nenhum dos dois candidatos e estamos liberando os membros do MDB para votarem de acordo com a sua consciênci­a e a sua conjuntura estadual”, disse Jucá. “Conversei com o presidente Michel Temer e ele concordou com a decisão.”

Pelo menos outros oito partidos liberaram seus filiados para o segundo turno – PP, PSD, PR, PSDB, PPS, Novo, DEM, Solidaried­ade. No caso do DEM, uma ala do partido vai apoiar Jair Bolsonaro (PSL) e no do Solidaried­ade, parte estará com o petista Fernando Haddad (mais informaçõe­s ao lado).

A Rede, partido de Marina Silva, oficializo­u a decisão de ser oposição ao próximo presidente, independen­temente de quem vencer. A sigla anunciou que não vai apoiar Haddad, e recomendou explicitam­ente que seus filiados e simpatizan­tes não votem em Bolsonaro. “Não temos identidade com nenhum dos dois projetos, mas neste momento compreende­mos que o candidato Jair Bolsonaro representa um risco imediato à democracia, à defesa dos direitos humanos e à proteção do meio ambiente”, afirmou Marina.

Próximo governo.

Ao ser questionad­o se o MDB será oposição ao próximo governo, independen­temente de quem for eleito, Romero Jucá disse que não, porque isso seria “ficar contra o Brasil”, mas admitiu que a legenda sempre esteve “atrelada” aos governos anteriores e vai viver um “momento novo”. “O partido será independen­te, vai discutir cada matéria. Ser oposição é ficar contra o Brasil. No que for bom, nós vamos votar a favor. O que for contra o Brasil, nós vamos denunciar, vamos colocar o que a gente pensa. Vamos fazer política com liberdade.”

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INFOGRÁFIC­O/ESTADÃO

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