Ciro viaja e frustra expectativa de petistas
Terceiro colocado na eleição presidencial, Ciro Gomes (PDT) viajou com a família e deve ficar fora do País por até duas semanas. A saída de cena frustra as investidas do PT. Ao contrário do que esperava a campanha, Ciro não vai chefiar a equipe do programa econômico do petista. Nos bastidores, o convite era tratado como primeiro passo para Ciro assumir um ministério em eventual governo Haddad.
Terceiro colocado na eleição presidencial deste ano, Ciro Gomes (PDT) viajou ontem para Portugal e deve ficar fora do País por até duas semanas. A saída de cena de Ciro frustra investidas do PT, que faz acenos no sentido de arregimentar o pedetista para dentro da campanha petista no segundo turno, cuja votação será no dia 28.
Ao contrário do que esperava a campanha de Fernando Haddad (PT), Ciro não vai chefiar a equipe do programa econômico do petista. A ideia é que o pedetista não suba no palanque com Haddad, muito menos faça fotos, com o fim de indicar o “apoio crítico”, aprovado anteontem na Executiva Nacional do PDT. Nos bastidores, o convite era tratado como um primeiro passo para Ciro assumir um ministério em eventual governo Haddad – ele é citado para comandar o Planejamento ou a Fazenda.
Para se distanciar do PT, o presidente do PDT, Carlos Lupi, se antecipou e disse logo após o resultado no primeiro turno que o partido vai lançar Ciro como candidato à Presidência em 2022. “Não faremos nenhuma reivindicação ( ao PT). Será um voto claro sem participação na campanha e com a certeza de que não participaremos de nenhum governo, mesmo se Haddad for eleito”, afirmou Lupi.
Outra forma de mandar sinais negativos ao PT foi anunciar que o PDT, independentemente de quem vença o segundo turno das eleições, estará na oposição em 2019.
O motivo da resistência do PDT a se aproximar da campanha de Haddad foram os “ataques” à candidatura de Ciro. Orquestrada com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (condenado e preso na Lava Jato), uma manobra feita pelo PT atrapalhou as negociações de apoio do PSB à candidatura de Ciro. O caso foi encarado como uma rasteira do PT no partido.