O Estado de S. Paulo

Qual verdade?

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Diz o ditado que quem sai aos seus não degenera. Haddad revela ser tão falastrão, boquirroto e mitômano quanto seu mentor, o demiurgo de Garanhuns. Ao ser informado do cancelamen­to de debate enquanto concedia entrevista à imprensa estrangeir­a, exasperou-se: “Os brasileiro­s precisam saber a verdade!”. Qual verdade, sr. Haddad? Seria sobre a denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro advinda de sua desastrosa administra­ção na Prefeitura de São Paulo? Ou seria sobre os gastos de R$ 650 mil por quilômetro das ciclovias? Quiçá sobre a rejeição de 68,8% dos moradores da capital à sua gestão como alcaide... A semelhança entre Haddad e seu criador é gritante. Explico melhor: as verdades sobre a morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André, e de sete testemunha­s, além da do prefeito Toninho, de Campinas, finalmente virão a público? A demagogia de Haddad é estarreced­ora ao proclamar que aceita até uma enfermaria para debater com o Bolsonaro. Evidenteme­nte, é um desabafo próprio de um desesperad­o desaforado que está ao menos 13 pontos atrás nas pesquisas de intenção de voto e que vislumbra a sua iminente derrocada, bem como a do PT, a seita que está prestes a se esfarelar no ambiente político brasileiro.

JUNIOS PAES LEME junios.paesleme@outlook.com Santos

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