O Estado de S. Paulo

PRIMEIROS INDICADOS

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1. Paulo Guedes

Economista, de 69 anos, tem mestrado pela Universida­de de Chicago, considerad­o o berço do pensamento liberal. É um dos fundadores do banco BTG Pactual e do Instituto Millenium, e é sócio da Bozano Investimen­tos. “Guru” econômico de Bolsonaro, por quem é chamado de “Posto Ipiranga”, coordena equipe de profission­ais que elaboram o plano econômico de governo do candidato do PSL. É ferrenho defensor das privatizaç­ões das estatais e causou polêmica ao sugerir a adoção de um imposto único, nos moldes da Contribuiç­ão Provisória sobre Movimentaç­ão Financeira (CPMF). Após a repercussã­o negativa do episódio, o economista disse ter sido “um equívoco enorme”.

2. General Augusto Heleno

General da reserva do Exército, Heleno, de 70 anos, foi comandante militar da Amazônia e chefe da missão de paz da ONU no Haiti, entre 2004 e 2005. É conselheir­o de Bolsonaro para assuntos de segurança e defesa. Chegou a ser cotado para vice na chapa, mas o partido ao qual se filiou, o PRP, não apoiou o candidato. No dia seguinte à facada a Bolsonaro, culpou “parte da imprensa” pelo atentado.

3. Onyx Lorenzoni

Deputado federal pelo DEM do Rio Grande do Sul, está em seu quarto mandato na Câmara. Foi escalado para a articulaçã­o política. Uma semana após o atentado a Bolsonaro, protocolou uma representa­ção criminal na Procurador­ia-Geral da República (PGR) contra os advogados do autor confesso, sugerindo que respondam por organizaçã­o criminosa, crimes contra a segurança nacional, terrorismo e contra a ordem tributária. Relator na Câmara do projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção, idealizado pelo Ministério Público Federal, Lorenzoni foi o primeiro político a assumir, em entrevista, ter recebido recursos de caixa 2 da JBS. Ele disse que R$ 100 mil foram doados por uma subsidiári­a da empresa no Rio Grande do Sul por meio de uma pessoa da confiança dele.

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