O Estado de S. Paulo

IVETE QUER EDUCAR OS FILHOS ‘PELO EXEMPLO’

- /SOFIA PATSCH

Ivete Sangalo conversou com a coluna, por telefone, sobre o nascimento de suas filhas Marina e Helena, amamentaçã­o, adaptação de sua rotina de shows às duas e o exemplo que quer deixar para seus filhos. “Mais do que falar, o importante é mostrar. O exemplo funciona melhor na prática”, avaliou durante um dos muitos ensaios fotográfic­os que faz para a Grendha. Confira entrevista a seguir.

• Você engravidou de gêmeas aos 45. Como foi a experiênci­a? Olha, todos os dias eu olho e penso: não acredito que tenho essa família, esses filhos. Passo o dia pensando neles, é muito amor. Sou uma mulher muito felizarda e me sinto merecedora também pela maneira como vivo a minha vida. Nós temos que reformular nossos pensamento­s, raciocínio­s e a maneira de emanar energia, porque é possível, a coisa pode ser leve.

• O que entendeu quando suas filhas nasceram?

Aprendi que independe do tempo e da hora, quando é pra acontecer não tem jeito, vai acontecer. É preciso ter muita paciência, muita fé e muita convicção. Até porque, se não dá certo, temos que olhar o que não deu certo como algo positivo também.

Muitas mulheres se sentem pressionad­as com a questão da amamentaçã­o. Como foi isso pra você?

Toda pressão é negativa. Acho que a relação entre mãe e filho tem que ser íntegra. Está comprovada a eficácia da amamentaçã­o, para filho e para mãe. Mas, sob pressão, nenhuma relação mãe-filho vai dar certo. Nenhuma.

• Como foi com você?

Eu senti a necessidad­e de amamentar, isso veio na minha gestação. Me informei, estabeleci um laço naquele momento, que é, indiscutiv­elmente, o melhor momento mãe e filho, mas conheço muitas pessoas que não amamentara­m por ‘N’ situações. Então seria muito cruel colocar modelos. Não existem modelos, gente.

• Como está sua rotina de trabalho depois do nascimento das meninas?

O que foi que eu fiz? Reduzi a minha rotina de shows e concentrei os meus trabalhos em Salvador. Qual a minha sorte? Tenho parceiros que compreende­m essa minha condição. Amo o que faço, não poderia ficar longe disso, então achei um comum acordo entre a necessidad­e de estar perto dos meus filhos e meu marido e a minha necessidad­e também como cantora.

• Qual mensagem quer deixar para as suas filhas serem independen­tes e fortes como você? Bom, eu entendo que, muito mais do falar, o importante é fazer. O exemplo funciona na prática de uma forma mais efetiva. Pretendo passar muitas coisas para minhas filhas através do meu comportame­nto, especialme­nte para o meu filho. Acho que vou contribuir muito mais trazendo à luz uma consciênci­a sobre o feminino e sobre a postura dele diante disso, do que necessaria­mente só cuidar das minhas filhas quanto a isso.

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

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