O Estado de S. Paulo

• Candidato nega irregulari­dades

Fernando Haddad diz que as suspeitas de superfatur­amento se aplicavam apenas ao túnel e, por isso, deu sequência às outras obras.

- Mateus Fagundes

O candidato do PT à Presidênci­a, Fernando Haddad, disse ontem que dirigentes do partido que tenham cometido crimes de corrupção têm de ir para cadeia desde que haja provas de irregulari­dades. O petista também atribuiu parte dos casos de corrupção nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff à falta de controles internos em empresas estatais.

“Faltou controle interno nas estatais, isso é claro. Os diretores ficaram soltos para promover a corrupção e se enriquecer pessoalmen­te”, disse Haddad, em ato de campanha na periferia de São Paulo. “Se algum dirigente (do partido) cometeu erro, garantido o amplo direito de defesa, se concluir que enriqueceu, tem que ir pra cadeia. Com provas.”

Haddad disse que sua gestão no Ministério da Educação será um exemplo aos órgãos do governo se ele for eleito presidente. “Não tivemos caso de corrupção no ministério que eu comandei durante seis, quase sete anos, porque tínhamos controlado­ria forte. Éramos um dos maiores orçamentos da República. Este mesmo tipo de controle à corrupção nós vamos ter nas estatais”, afirmou.

Questionad­o sobre a necessidad­e de autocrític­a às gestões petistas, Haddad disse que faz críticas rotineiram­ente. “Todo dia eu faço crítica a alguma coisa que foi feita equivocada mostrando o caminho para superar.” Haddad vinha sendo cobrado para fazer autocrític­as aos erros do PT, principalm­ente por setores mais ligados ao centro que hesitam em aderir à sua candidatur­a.

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