O Estado de S. Paulo

A aposta dos Estados Unidos no petróleo

- HELIO GUROVITZ E-MAIL: HELIO.GUROVITZ@ESTADAO.COM TWITTER: @GUROVITZ

Cientistas lançaram novo alerta: é preciso reduzir as emissões de gases poluentes nos próximos dez anos para evitar os cenários mais dramáticos ligados às mudanças climáticas. Consideram agora crítico um aqueciment­o de mero 1,5 ºC na temperatur­a global, não mais de 2ºC.

As apostas energética­s dos Estados Unidos, segundo maior poluidor do planeta atrás da China, dão razão para duvidar que seja viável. O governo Donald Trump abandonou o Acordo de Paris, mantém subsídios à indústria do carvão no Meio Oeste e não vê saída para a economia crescer sem combustíve­is fósseis.

Não é para menos. As reservas energética­s de petróleo e gás natural na costa americana são estimadas em 146,4 bilhões de barris, o suficiente para atender 60% das necessidad­es até 2040 (o pré-sal brasileiro tem 176 bilhões de barris). Apenas a exploração da Costa Atlântica, diz o Instituto Americano do Petróleo, geraria 265 mil empregos e atrairia US$ 22 bilhões em investimen­tos privados.

Os Estados Unidos acabam de ultrapassa­r a Rússia como maior produtor mundial de petróleo. A Agência Internacio­nal de Energia prevê que 80% do cresciment­o global de produção nos próximos sete anos virá de óleo americano, ainda explorado sobretudo em solo.

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MICHAEL REYNOLDS/EFE Interesses. Donald Trump ignora o aqueciment­o global
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