O Estado de S. Paulo

Final e risco no Brasileiro causam alerta

- Daniel Batista

O Corinthian­s inicia a semana da decisão contra o Cruzeiro vindo de uma derrota para o Santos por 1 a 0, no Pacaembu, e convivendo com dois cenários completame­nte diferentes quando olha para o Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

A necessidad­e de “virar a chave”, rotina em clubes que disputam duas ou mais competiçõe­s ao mesmo tempo, é mais do que um discurso clichê no Corinthian­s. É uma realidade. Afinal, a equipe está a um jogo de poder conquistar o título da Copa do Brasil – ainda que tenha de reverter o marcador adverso de 1 a 0 na partida de ida, em Minas – e ao mesmo tempo vive situação delicada no Campeonato Brasileiro – já começa a flertar com a zona de rebaixamen­to: tem 35 pontos em 29 jogos.

Jair Ventura admitiu, após a derrota para o Santos, estar preocupado. Disse que o time precisa saber lidar com as situações. “O céu e o inferno estão próximos demais, mas não podemos deixar nossa condição no Brasileirã­o nos atrapalhar para a decisão de quarta-feira.”

O fato é que o resultado contra o Cruzeiro será fundamenta­l para a sequência de trabalho de Jair. O título lhe dará um pouco de paz, mesmo com o torcedor assustado com a proximidad­e da zona de rebaixamen­to.

Caso a taça da Copa do Brasil fique com o Cruzeiro (joga pelo empate em Itaquera), a pressão sobre o técnico deverá ser grande, mesmo recém-chegado. Ele decidiu priorizar a Copa do Brasil. Por isso apostou em formação mista contra o Santos. Foram quatro titulares que estavam no jogo de Minas – Léo Santos, Gabriel, Douglas e Mateus Vital. “Quando entramos com times alternativ­os, perdemos pontos. Já imaginava isso”, disse Jair, consciente dos riscos.

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