O Estado de S. Paulo

PDT anuncia apoio a Márcio França

Aliança reaproxima PSB e partido de Ciro Gomes, que quase fecharam chapa para a disputa pelo Bandeirant­es

- Mateus Fagundes

Após desistir de última hora da aliança no primeiro turno porque o PSB não aderiu à candidatur­a presidenci­al de Ciro Gomes, o PDT anunciou ontem apoio ao governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que disputa a reeleição contra o exprefeito João Doria (PSDB).

“Era para estarmos juntos no primeiro turno”, afirmou Carlos Lupi, presidente nacional do partido, que acabou lançando o ex-prefeito de Suzano Marcelo Candido na disputa ao governo paulista – o pedetista, porém, teve a candidatur­a indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

A coligação foi inviabiliz­ada pela posição nacional do PSB de neutralida­de, em detrimento da composição com Ciro Gomes. A decisão dos pessebista­s foi tomada após uma articulaçã­o feita com o PT. Na semana passada, Paulo Skaf (MDB) e Major Costa e Silva (DC), que foram adversário­s de França no primeiro turno, já haviam definido apoio ao atual governador.

Além deles, o PT, que ficou em quarto lugar na disputa, fechou um apoio velado a França, defendendo voto anti-Doria. Nacionalme­nte, o PSB decidiu apoiar Fernando Haddad (PT) contra Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidenci­al. Embora França tenha ficado neutro, a relação entre pessebista­s e petistas tem sido explorada pela campanha de Doria.

Ontem, França voltou a negar que seja aliado do PT. “Meu partido e eu sempre tivemos grande divergênci­as. Sempre tive o PT como oposição”, afirmou em entrevista ao SPTV, da TV Globo. Doria, por sua vez, explora o antipetism­o exibindo Bolsonaro em sua campanha.

Derrotado no primeiro turno, Rodrigo Tavares (PRTB), aliado de Bolsonaro, declarou apoio ao tucano.

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