Varejista americana Sears entra em recuperação judicial
No plano apresentado ao Tribunal de Falências dos EUA, rede prevê o fechamento de 142 lojas até o fim do ano
A Sears Holdings entrou ontem com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Falências dos Estados Unidos e apresentou um plano para fechar 142 lojas não lucrativas até o fim do ano. A decisão coloca em dúvida o futuro da varejista centenária que já dominou os shoppings dos EUA, mas que está definhando na era do e-commerce.
A empresa listou US$ 6,9 bilhões em ativos e US$ 11,3 bilhões em passivos em documentos apresentados à Corte. Além do fechamento de unidades, a Sears informou que venderá ativos com o objetivo de se reorganizar em torno de uma base menor, com as melhores lojas.
O pedido para reorganizar as dívidas das controladoras da Sears, Roebuck e Kmart vem depois de uma década de queda de receita, centenas de lojas fechadas e anos de acordos do bilionário presidente executivo Eddie Lampert, em uma tentativa de recuperar a empresa que ele comprou por US$ 11 bilhões, em 2005.
Lampert havia prometido retomar os dias de glória da Sears, quando possuía o prédio mais alto do mundo e empresas que incluíam uma estação de rádio e o seguro da Allstate. Sob o plano de recuperação, a função de Lampert será assumida por um comitê de três pessoas. Ele permanecerá como presidente do conselho.
A companhia, que tem cerca de 70 mil funcionários, não tem lucro desde 2011, e críticos dizem que Lampert deixou as lojas se deteriorarem ao longo dos anos, mesmo comprando as ações da empresa e emprestando dinheiro, o que fez dele o maior acionista e credor da rede.