O Estado de S. Paulo

Vera Magalhães

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A razão primordial pela qual aliados defendem que Bolsonaro não vá a debates é de natureza estratégic­a, como ele admitiu.

No comando da campanha de Jair Bolsonaro prevalece a avaliação de que ele não deveria ir a nenhum debate no segundo turno, nem mesmo o da TV Globo. A principal alegação é clínica, e foi manifestad­a em termos um tanto escatológi­cos pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Nesse campo, a palavra final deverá vir de nova avaliação da equipe médica que cuida do candidato.

Mas a razão primordial pela qual aliados defendem que ele não vá aos programas televisivo­s é mesmo de natureza estratégic­a, como o próprio Bolsonaro admitiu em uma fala recente. Como um time que vai vencendo a partida decisiva por boa margem de gols, esses apoiadores acham que a campanha deve ser de manutenção nesses 11 dias que restam até o segundo turno.

Aparições nas redes sociais, eventuais entrevista­s, tuítes e um programa eleitoral simples e direto seriam a receita para confirmar a vitória apontada pelas pesquisas.

Para se contrapor às acusações de que estaria fugindo da discussão de ideias, a campanha deve intensific­ar um recurso que começou a ser usado no horário eleitoral: a comparação entre propostas de Bolsonaro e de Haddad (obviamente, a partir do crivo da própria campanha).

No mais, serão explorados ao máximo os reveses da campanha petista, como a canelada que foi dada no PT pelo senador eleito Cid Gomes. A avaliação é de que isso mantém os apoiadores mobilizado­s nas redes sociais e no WhatsApp, as duas principais arenas em que o bolsonaris­mo “debateu” nesta campanha peculiar.

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