EDUCAÇÃO
Ensino a distância
O editorial Ensino presencial e a
distância (12/10, A3) merece algumas explicações. Quando o Enade teve início, em 2004, seu propósito não era avaliar instituições de ensino, mas, sim, universitários concluindo sua formação, com o objetivo de obter, para cada desempenho, uma nota que seria afixada ao diploma, servindo a futuros empregadores com informações significativas. Porém as organizações corporativas estudantis fizeram um violento protesto, razão pela qual o governo da época alterou a função para apenas uma avaliação de instituições, julgadas pelo resultado coletivo de cada qual. Embora obrigatório, os estudantes não viram nenhum benefício individual no exame, não o levando a sério desde então. É amplamente reconhecido que há instituições se prevalecendo da rotatividade anual dos cursos submetidos a exame para manipular os resultados a seu favor, tornando-os, pois, questionáveis. Nos primeiros anos, os alunos de ensino a distância (EAD) – cuja idade ultrapassava em cerca de dez anos a dos presenciais –, consistentemente, obtiveram resultados superiores aos do presencial. Agora, quando as faixas etárias se equivalem, as consequências do ensino médio inadequado se revelam. Se a educação a distância no ensino médio já se provou bem-sucedida com adultos, via TV e nos telecursos, uma aposta se renova: a internet usada por crianças (cujos idade e nível de educação sejam compatíveis com esse grau) promete ser uma experiência viável, desde que de forma não obrigatória com cursos inteiros, e ainda mais com o enriquecimento da compreensão de matérias complexas por meio de “objetos de aprendizagem” nos espaços virtuais da web, sob orientação dos professores.
FREDRIC M. LITTO, professor emérito da USP, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed)
frmlitto@terra.com.br São Paulo
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