Setor de serviços registra alta de 1,2% em agosto

O volume de serviços prestados no País cresceu 1,2% na passagem de julho para agosto, puxado por uma melhora na atividade de transportes e de serviços profissionais, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada ontem pelo IBGE.

O resultado veio acima da mediana das expectativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta de 0,5%. O desempenho não foi suficiente para compensar a perda de 2,0% registrada no mês anterior, mas reforçou expectativas de que agosto foi um mês positivo para a atividade econômica, uma vez que as vendas no varejo cresceram 1,3% em agosto ante julho e a produção industrial teve um pequeno recuo de 0,3%.

“Por mais que o cenário eleitoral já esteja um pouco mais previsível, há que se esperar a definição do novo governo para entender como se pretende reativar a economia. Os investimentos respondem por mais de 90% da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) e é prematuro imaginar que vão crescer antes desse tipo de definição”, comentou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Processo lento. Embora tenha avançado na passagem de julho para agosto, o setor de serviços “está em processo muito lento de recuperação, ainda em campo negativo”, avaliou Rodrigo Lobo, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. O avanço sucedeu a uma queda de 2,0% registrada em julho ante junho. Com o desempenho de agosto, os serviços estão 0,6% acima do patamar de abril, antes que a greve dos caminhoneiros afetasse o setor, mas ainda remontam ao mesmo nível de dezembro de 2017.

“Todos os pequenos crescimentos que a gente observa ainda são incipientes para trazer o setor de serviços para o campo positivo”, disse Lobo.

No acumulado de janeiro a agosto de 2018, os serviços ainda acumulam uma perda de 0,5%, apesar da base de comparação deprimida.