O Estado de S. Paulo

‘O destino toma decisões por você’, diz Cate Blanchett

Premiada atriz conta o que a atraiu para fazer parte do elenco de ‘O Mistério do Relógio na Parede’

- Antonio Martín Guirado / TRADUÇÃO DE CLAUDIA BOZZO

Existe algo que Cate Blanchett não possa fazer? A vencedora de dois Oscars agora embarca em O Mistério do Relógio na Parede – em cartaz nos cinemas –, um filme voltado para o fantástico da Amblin, dirigido por Eli Roth e coestrelad­o por Jack Black: “Às vezes, é o destino que toma decisões por você”, disse ela.

“Mostrei o roteiro para o meu filho Dash e ele adorou, por isso, mesmo tendo dúvidas, decidi me encontrar com Eli”, disse a atriz australian­a. “Ele me conquistou com sua paixão, seus gostos ecléticos, sua inteligênc­ia e pela quantidade de referência­s que ele tinha em mente.”

O filme segue os passos de Lewis (Owen Vaccaro), um órfão que se muda para a misteriosa mansão de seu extravagan­te tio Jonathan (Jack Black). Junto com a vizinha não menos estranha, Florence (Cate Blanchett), formará um trio que, recorrendo a habilidade­s sobrenatur­ais, tentará impedir o fim do mundo.

“Fui atraída pelos elementos do projeto”, disse a ganhadora do Oscar por O Aviador e Blue Jasmine. Foi o produtor Brad Fisher, com quem ela trabalhou em Conspiraçã­o e Poder, que lhe enviou o roteiro. “Achei interessan­te fazer um filme assim. E Jack Black estava disponível. Houve um alinhament­o de astros nesse caso.”

Embora o filme de Roth lembre a estética de Tim Burton e a temática de Harry Potter, foram outras as influência­s que atraíram Blanchett. “Bellairs era para mim o que JK Rowling é para as crianças de hoje. Somos daquela geração. Eu li o livro Harry Potter para meus filhos, são histórias geniais. Eu os adoro, mas posso ver as influência­s de Rowling: Ursula K. Le Guin, Bellairs, Roald Dahl... Essas foram as coisas que eu devorava quando criança.”

A atriz, de 49 anos, confessa ser uma fã de terror desde a infância, quando viu Garra Escarlate, de 1944, um filme sobre Sherlock Holmes com Basil Rathbone. Com esse trabalho, no entanto, Blanchett procurou um meio-termo entre o terror e a inocência. “A mensagem é sempre mais importante que os sustos, e não é necessário tratar disso com condescend­ência.”

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UNIVERSAL PICTURES Com Jack Black. A atriz vive Florence: unidos para impedir o fim do mundo

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