Virtus anda mais, mas Cronos surpreende
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Não se engane quanto ao motor 1.0 do Virtus. O pequeno três-cilindros com turbo gera 128 cv e é 11 cv mais fraco que o 1.8 do Cronos, mas, na prática, deixa claro a que veio. Aliado ao câmbio automático de seis marchas, garante um ótimo desempenho ao sedã da VW.
O torque máximo é superior ao dos rivais e chega mais cedo, a 2 mil giros. Isso faz do Virtus o sedã mais esperto do trio. A transmissão tem trocas rápidas e contribui para dar agilidade em qualquer situação.
O 1.8 do Cronos é o mais potente e tem quase tanto torque quanto o do VW, mas a força chega em rotações elevadas. E, como demora mais para subir o giro, o sedã mineiro acaba sendo menos ágil.
O maior problema do Cronos é o câmbio automático. A caixa tem trocas lentas e apresenta dificuldade para “entender” o que o motorista quer.
As reduções ocorrem a muito custo e não raramente é preciso “forçá-las” por meio das aletas no volante. Uma transmissão mais esperta faria muito bem ao Fiat, que tem ótimo acerto de suspensão e entrega bom rendimento em alta rotação, respondendo melhor até que o Virtus a uma tocada mais esportiva. Em rotações elevadas, o Volkswagen não tem o mesmo brilho.
O Yaris é o mais comportado do grupo. Seu 1.5 tem só 110 cv e dá desempenho modesto ao modelo. O Toyota não é lento graças ao peso baixo e ao câmbio CVT, que, embora tire boa parte da emoção ao volante, tem respostas rápidas e não eleva demais o giro do motor sem necessidade.
O câmbio do Toyota permite trocas manuais por aletas no volante, mas dificilmente o motorista precisará utilizar esse recurso, como no Cronos.
Embora o Yaris tenha rodas de apenas 15 polegadas, ante as de 17” dos rivais, e pneus mais estreitos, sua estabilidade é muito boa. Virtus e, principalmente, Cronos, são mais divertidos, mas não parecem ser tão seguros quanto o Toyota.