O Estado de S. Paulo

Esquiva luta para provar valor nos EUA

- Wilson Baldini Jr.

O peso médio Esquiva Falcão sobe ao ringue em Las Vegas, EUA, hoje, para encarar o argentino Guido Nicolas Pitto com uma obrigação: vencer e convencer críticos e empresário­s de que ele pode ser uma grande atração para enfrentar os melhores boxeadores do mundo.

Sexto colocado no ranking da Associação Mundial de Boxe (AMB) e 13.º do Conselho Mundial (CMB), o medalhista de prata nos Jogos de Londres-2012 foi surpreendi­do esta semana com a notícia de que não vai mais lutar com o japonês Ryota Murata pelo cinturão da AMB.

“Murata prefere enfrentar Gennady GGG Golovkin. Ele disse que já lutou com Falcão nos Jogos Olímpicos e que não quer dar a revanche ao rival”, explicou o lendário Bob Arum, CEO da Top Rank, empresa que cuida da carreira do brasileiro.

“Eu prometo que Falcão vai disputar um título mundial até o fim do próximo ano”, garantiu o empresário de 87 anos.

Esquiva Falcão chegou a tirar fotos ao lado de Murata na esperança de que um duelo poderia ser acertado no futuro próximo. Sem a possibilid­ade de enfrentar o japonês, para quem perdeu a disputa do ouro olímpico em Londres, Esquiva terá de esperar nova oportunida­de.

Esta noite, no combate do brasileiro com o argentino, estará em jogo o cinturão internacio­nal da Federação Internacio­nal de Boxe. O campeão da categoria é o norte-americano Daniel Jacobs, que defende seu título dia 27, em Nova York, EUA.

Outra alternativ­a para Esquiva é se defrontar com o vencedor do encontro entre Demtrius Andrade e Walter Kautondokw­a, que lutam hoje em Boston, pelo título da Organizaçã­o Mundial. “Estou em grande forma. Treinei muito e estou preparado para obter uma vitória”, disse o invicto brasileiro, que soma 21 vitórias, com 15 nocautes.

Murata vai defender o título da AMB na mesma programaçã­o de Esquiva. Terá pela frente o americano Rob Brant. GGG é aguardado para assistir a luta e subir ao ringue, caso o japonês vença, para anunciar o duelo entre eles, que deverá ocorrer entre março e maio em Tóquio.

A preferênci­a de Murata por GGG é puramente financeira. O duelo no Tokyo Dome poderá render ao boxeador bolsa de US$ 15 milhões (R$ 55,6 milhões), algo totalmente inviável se o rival fosse o brasileiro.

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ON BOARD SPORTS Desafio. Esquiva tenta se firmar no mundo do boxe

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