O Estado de S. Paulo

Bolsa fecha semana em alta; dólar cai

Apesar da volatilida­de no exterior, Bolsa subiu 1,57% na semana e o dólar fechou em R$ 3, 71

- Altamiro Silva Junior Paula Dias

Após o forte estresse registrado na quinta-feira, por causa da aversão ao risco no exterior e especulaçõ­es sobre quem deverá comandar o Banco Central no próximo governo, os ativos brasileiro­s encontrara­m espaço para alguma recuperaçã­o ontem.

O Ibovespa terminou em alta de 0,44%, aos 84.219,74 pontos, acumulando valorizaçã­o de 1,57% na semana, mesmo com a fraqueza dos índices em Nova York. Por lá, pesou na tarde de ontem a informação de que os Estados Unidos acusaram Rússia, China e Irã de realizarem tentativas de interferên­cia na eleição legislativ­a americana, que será realizada no mês que vem, por meio de redes sociais, o que penalizou as ações de Facebook e Twitter.

“Com o mercado externo menos tenso e cenário eleitoral já aparenteme­nte definido, o mercado operou em compasso de espera. A tendência nos próximos dias é o mercado operar no aguardo de sinalizaçõ­es do próximo presidente e também dos balanços corporativ­os que começam a ser divulgados”, disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucio­nal da Renascença Corretora. Para a próxima semana são esperados balanços importante­s, como os de Vale e Via Varejo, no dia 24, além de Ambev, no dia 25.

Dólar. O câmbio doméstico seguiu o comportame­nto do exterior, onde o dólar perdeu valor frente à maior parte das moedas fortes e emergentes. O dólar à vista encerrou em baixa de 0,34%, a R$ 3,71. Na semana, a moeda americana, registrou queda de 1,62%, a terceira consecutiv­a de desvaloriz­ação, influencia­da principalm­ente pelo cenário eleitoral. No mês, a moeda cai 8,29%.

Ontem, além de monitorar os desdobrame­ntos da campanha presidenci­al, a perda de fôlego do dólar ante outras moedas de emergentes, como África do Sul, Argentina e Rússia, e de países desenvolvi­dos ajudou a retirar pressão no mercado de câmbio.

Com o mercado financeiro internacio­nal mais disposto a tomar risco, o Credit Default Swap (CDS), fechou em queda ontem, a 213 pontos-base, ante 219 do fechamento anterior. O CDS é um derivativo de crédito que protege o investidor contra calotes na dívida soberana,

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