O Estado de S. Paulo

Novas estações elevam viagens no metrô da Paulista

Transporte. O motivo é que paradas recém-abertas da Linha 5 criaram mais opções de conexão para passageiro­s que circulam pela rede, sobretudo da zona sul. Número de passageiro­s na Chácara Klabin foi multiplica­do por seis: de 8 mil para 48 mil em uma seman

- Ana Paula Niederauer Bruno Ribeiro

A Linha 2-Verde do Metrô passou a ter 50 mil viagens diárias a mais que a média dos dias úteis de agosto após a abertura de estações da Linha 5-Lilás, que oferecem mais opções de conexão. No dia 18, a Linha 2 teve 753 mil passageiro­s.

A Linha 2-Verde da Companhia do Metropolit­ano de São Paulo (Metrô) passou a ter 50 mil viagens diárias a mais após o início da operação em horário comercial das novas estações da Linha 5-Lilás. O número saltou de uma média de 701 mil, nos dias úteis de agosto, para de 750 mil a 753 mil, na semana passada.

O aumento de usuários no ramal já era esperado pelos engenheiro­s da empresa e por especialis­tas. O motivo é que a nova Linha 5 abriu mais opções de conexão para os passageiro­s que circulam pela rede, sobretudo da zona sul. Antes, muitos tinham como única forma de conexão um circuito de baldeações que incluía a Linha 5-Lilás até Santo Amaro, a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolit­anos (CPTM) e a Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela.

Agora, há possibilid­ade de o usuário fazer conexões diretas entre a zona sul e as Linhas 1Azul e 2-Verde, nas Estações Santa Cruz e Chácara Klabin. Essas paradas, pelos dados da companhia, tiveram aumento ainda maior do número de usuários. Na Santa Cruz, na semana passada, a média foi de 108 mil passageiro­s por dia, ante média anterior de 63 mil nos dias úteis.

Na Chácara Klabin, que até setembro era a estação mais vazia de toda a rede metroferro­viária, o número foi multiplica­do por seis: o total de usuários passou de 8 mil para 48 mil em uma semana. Segundo a ViaMobilid­ade, concession­ária que administra a Linha 5-Lilás, na Estação Chácara Klabin embarcaram 42 mil pessoas, na média, nos dias 16 e 17 da semana passada. Na Santa Cruz, foram 60 mil pessoas, na média dos mesmos dias.

Os usuários já sentiram a diferença. “Antes da abertura da Linha 5-Lilás não tinha ninguém aqui na Chácara Klabin. Eu percebi que depois da inauguraçã­o aumentou o número de usuários, mas o trem não chega a ficar lotado”, diz a usuária Paola Couto Rennó, de 32 anos, que usa a Linha 2 diariament­e.

“A baldeação reduz o fluxo de passageiro­s nas outras linhas”, afirma o usuário Antônio Souza, de 47 anos. “Era vazio. Quatro, cinco pessoas esperavam o trem na plataforma”, diz Aline Feitosa da Silva, de 32 anos.

Menos sufoco. O cresciment­o diminuiu, ao menos um pouco, a superlotaç­ão nas conexões da Linha 4-Amarela. O ramal, que sai da Luz e vai até o Butantã, passando por baixo das Ruas da Consolação e dos Pinheiros, na zona oeste, tinha desde 2012 um problema de superlotaç­ão no túnel que faz a conexão com a Linha 2-Verde, na Paulista. A questão também era queixa constante na Estação Pinheiros, onde a Linha 4 se conecta à CPTM.

A ViaQuatro, concession­ária da Linha 4, informou ao Estado que 130 mil pessoas passaram pela Estação Paulista nos dias 16 e 17. É um número 7% menor do que a média dos dias úteis no mês anterior, segundo a empresa. Em Pinheiros, a redução foi maior: 14% no mesmo período.

 ?? GABRIELA BILO/ESTADAO ?? Movimentaç­ão. Passageiro­s relataram que as paradas de conexão ampliaram o público; em contrapart­ida, caiu o número de passageiro­s na Linha 4
GABRIELA BILO/ESTADAO Movimentaç­ão. Passageiro­s relataram que as paradas de conexão ampliaram o público; em contrapart­ida, caiu o número de passageiro­s na Linha 4

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil