Maia quer desarmamento votado após a eleição
Opresidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai colocar em votação após as eleições projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento. O texto facilita a posse de armas em casa pelos cidadãos, retirando a exigência de comprovação da necessidade, e reduz para 21 anos a idade mínima para compra. As medidas são bandeiras de Jair Bolsonaro, de quem Maia busca se aproximar para tentar se manter no comando da Casa. Pelo texto, seriam mantidas as exigências de não ter antecedentes criminais, comprovar curso de tiro e passar por exame psicotécnico.
» O trâmite. A proposta já foi aprovada em comissão em 2015 e pode sofrer alterações durante votação no plenário. O texto tem o apoio da bancada da bala, integrada por Bolsonaro.
» Sinal amarelo. Apoiadores de Bolsonaro no meio empresarial estão preocupados com o “salto alto” na campanha. Alertam que políticos mais próximos ao candidato foram tomados pela “embriaguez do sucesso” e estão subestimando as dificuldades do Congresso.
» Não é mágica. Em reunião com o mercado financeiro, por exemplo, deputados recém-eleitos pelo PSL deixaram os presentes atônitos ao dizerem que Bolsonaro não terá dificuldades para aprovar a reforma do INSS e que veem “um céu de brigadeiro” para qualquer proposta dele.
» Dividir… Na reta final, Fernando Haddad (PT) e Manuela d’Ávila (PCdoB) têm se dividido nas agendas. Aliados negam que ele esteja escondendo a “vice comunista”.
» …para somar. Ao lado do candidato quem vai estar até o fim da semana é sua esposa, Ana Estela. O partido tem investido na imagem de homem de família, focando os evangélicos.
» Chama que eu vou. Sérgio Moro disse a interlocutores que não foi sondado pela campanha de Bolsonaro sobre ocupar vaga no STF, mas quem o conhece o viu entusiasmado.
» Me aguardem. Se de um lado numa eventual cadeira no STF Moro estará proibido de julgar casos que tocou na 1.ª instância, de outro poderá atuar nos processos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro.
» Coro. Generais da ativa concordam com as críticas da campanha de Bolsonaro ao “esquerdismo” no Itamaraty. Um deles citou como exemplo a decisão da turma deste ano do Instituto Rio Branco de escolher como patrona a vereadora executada Marielle Franco (PSOL-RJ).
» De fora. Interlocutores de Bolsonaro dizem que ele vai indicar para as embaixadas no exterior também nomes de fora da diplomacia, assim como FHC nomeou Itamar Franco para o posto em Portugal. O chanceler, contudo, será diplomata. » No topo. Levantamento do Serviço de Pesquisa Legislativa do Senado fez um ranking de proposições desta legislatura. Dos 81 senadores, o tucano José Serra lidera com 8 normas aprovadas, seguido de oito senadores que conseguiram aprovar 3 propostas cada.
» Apagar das luzes. O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, vai autorizar o remanejamento de R$ 7 milhões no orçamento do FGTS para atender as contratações do programa Minha Casa Minha Vida ainda em 2018. Com a mudança, os recursos estarão disponíveis até 31 de dezembro.
COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA