Pomini não tem voto, diz aliado de ex-prefeito
Para Orlando Morando, prefeito de São Bernardo, ex-secretário não tem protagonismo político e não afetará campanha
Aliados do ex-prefeito João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, minimizaram ontem a decisão do ex-secretário de Justiça da Prefeitura da capital Anderson Pomini de apoiar a candidatura do governador Márcio França (PSB).
“Ele não tem nenhum voto. Tenho dúvidas se ele teria os votos da própria família. É uma surpresa que não nos preocupa”, disse o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), um dos tucanos mais próximos a Doria.
Pomini foi um dos homens fortes durante a passagem de Doria pela Prefeitura e também coordenou o departamento jurídico da vitoriosa campanha do tucano em 2016. Ele deixou a administração junto com Doria, em abril deste ano, e desde então se afastou do ex-prefeito.
Segundo o deputado estadual Marco Vinholi (PSDB), líder do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Pomini não tem “protagonismo político” e a declaração não causará efeito nenhum na campanha de Doria. Apesar de não ser filiado ao PSDB, Pomini advogou para vários prefeitos da legenda no interior do Estado. Ele é especializado em Direito Eleitoral.
As defecções de aliados de Doria têm sido exploradas pelo adversário Márcio França na campanha. O candidato do PSB tem dito nos debates na TV que o tucano “não tem amigos” e “está sozinho” na eleição porque “trai seus aliados”.
Haddad. Já o tucano Daniel Annenberg, que é secretário municipal de Inovação e Tecnologia desde o início da gestão Doria, declarou ontem nas redes sociais apoio ao petista Fernando Haddad na eleição presidencial contra Jair Bolsonaro (PSL), candidato apoiado pelo ex-prefeito.
“Tenho divergências com o PT, mas jamais apoiaria a candidatura de uma figura pública que nada fez pelo país em toda sua trajetória política, que vocifera violência, faz chacota da tortura e flerta com a ditadura militar”, afirmou.