O Estado de S. Paulo

Deportados dos EUA se unem à marcha

- TAPACHULA, MÉXICO / W. POST

Muitos dos mais de 7 mil imigrantes que integram a caravana que tenta chegar aos EUA já estiveram em território americano antes – e foram deportados. Eles viveram nos EUA por anos ou décadas e agora estão se juntando à caravana para tentar reencontra­r a família que ficou para trás ou buscar uma nova oportunida­de de emprego.

Segundo o Washington Post, alguns desses imigrantes voltaram para seus países de origem voluntaria­mente há muito tempo, mas agora estão decididos a entrar de novo nos EUA. “Agora é a minha hora. É um país onde eu posso viver minha vida, diferentem­ente da Guatemala”, disse Job Reyes, de 36 anos, que passou sua infância e adolescênc­ia em Los Angeles, onde completou os estudos.

Ele explicou que voltou para a Guatemala quando seu visto expirou, há 14 anos. Reyes encontrou um emprego de atendente de call center em uma companhia de serviço de celular, onde pôde manter a fluência no inglês, ganhando cerca de US$ 500. “Quando ouvi sobre a caravana, eu sabia que essa era a minha chance”, afirmou. Ele telefonou para um primo e um tio na Califórnia e disse que estava a caminho.

Juan Jimenez, de 32 anos, contou ter sido deportado para Honduras seis meses atrás. Ele vivia em Phoenix, no Arizona, onde trabalhava para uma companhia de pisos de madeira. Jimenez entrou na caravana para ver seu filho de 6 anos, que ainda vive no Arizona. “Sinto a falta dele”, disse.

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