O Estado de S. Paulo

Boca x River vira assunto proibido

- Paulo Favero ENVIADO ESPECIAL/BUENOS AIRES

Na Libertador­es de 2000 e 2001, Palmeiras e Boca Juniors se enfrentara­m em jogos decisivos. Apesar da igualdade no placar nas quatro ocasiões, os argentinos levaram a melhor nos pênaltis. Na primeira, o Boca foi campeão. Na segunda, eliminou o adversário na semifinal.

Quem atuava no Boca era Guillermo Schelotto, jogador habilidoso que comanda o time desde 2016. Os seguidores do Boca confiam no técnico. “Por estar muito tempo na função, ele tem o time na mão. Conhece os atletas”, diz Juan Ernesto Gomez, torcedor que se lembra bem dos jogos com o Palmeiras.

Dois ídolos do Boca ainda estão devendo. Carlitos Tevez é reserva e, desde que retornou da Europa, não empolgou. Mas é experiente e pode ser decisivo. O outro é o volante Fernando Gago, acometido por lesões nos últimos anos. “Fisicament­e me sinto bem”, disse à rádio Continenta­l. Aos 32 anos, ele pode ajudar o Boca a avançar.

Obviamente, na Argentina já se comenta a possibilid­ade de uma final entre Boca e River, que é rival do Grêmio hoje na outra semifinal. Os jogadores argentinos, porém, não pulam etapas. “Nosso foco é o Palmeiras. Se passarmos, aí veremos com quem será a final, que é sempre distinta independen­temente do rival”, defende Gago.

O presidente do Boca, Daniel Angelici, que esteve na sede da Conmebol com os outros três representa­ntes dos clubes semifinali­stas, concorda com seu atleta. “Só pensamos no Palmeiras. E queremos chegar à final.”

Na primeira fase, os times se enfrentara­m e o Palmeiras levou a melhor: 2 a 0 fora e 1 a 1 em casa. “Acho que vai ser um lindo jogo. Mas ninguém ganha com a história ou com a camisa.”

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil