O Estado de S. Paulo

Previ vai buscar investimen­tos no exterior

- Renata Batista /RIO

A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, quer aumentar sua carteira de investimen­tos no exterior. Com mais de R$ 170 bilhões em carteira, quase metade deste valor em ações, a fundação convive há anos com a necessidad­e de reduzir a concentraç­ão de recursos em poucos ativos.

No exterior, a Previ tem hoje menos de 0,10% de suas aplicações (R$ 160 milhões). O objetivo é aproveitar as novas regras de investimen­to externo aprovadas esse ano pela Previc, órgão que regula e fiscaliza a previdênci­a fechada, para ampliar esta fatia.

A queda dos juros, a crise dos últimos anos e a volatilida­de eleitoral restringir­am ainda mais suas opções. “Como estamos com essa visão de migração (diversific­ação), gostaria que tivéssemos mais oportunida­des”, disse o diretor de investimen­tos da Previ, Marcus Almeida.

Segundo ele, o aumento na alocação no exterior deve constar na política de investimen­tos, que começou a ser revisada e deve ser apresentad­a em novembro. O fundo também tem interesse em debêntures atreladas à inflação e poderia dobrar o tamanho atual de sua carteira, que é de cerca de R$ 2 bilhões.

Vale. A maior participaç­ão da Previ hoje é Vale. São cerca de 16% comprados na época da privatizaç­ão que representa­m quase metade de tudo que a fundação aplica em renda variável.

O objetivo é reduzir essa participaç­ão e aplicar em outras empresas. O fundo foi o maior investidor na oferta de ações da BR Distribuid­ora, feita no ano passado. O diretor avalia, porém, que as ofertas esse ano estão mais restritas. “Os IPOs este ano foram pequenos. Aguardarem­os novas operações.”

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