O Estado de S. Paulo

Sociedade precisa mudar postura, sugere educador

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Em livro que AnAlisA A Crise hídriCA, pesquisAdo­r defende eduCAÇÃo pArA A sustentABi­lidAde pArA ComBAter esCAssez A ausência de novas crises hídricas vai depender de uma nova postura de toda a sociedade, na visão do especialis­ta em educação e meio ambiente Pedro Jacobi, pesquisado­r da Universida­de de São Paulo.

“O caminho para sociedades sustentáve­is se fortalece na medida em que se desenvolva­m práticas educativas que, pautadas pelo paradigma da complexida­de, aportem para a escola e os ambientes pedagógico­s uma atitude reflexiva em torno da problemáti­ca ambiental. Precisamos ter ênfase em educação para a sustentabi­lidade”, diz o acadêmico, um dos autores do

Livro Branco da Água, recémlança­do pelo Instituto de Estudos Avançados da Universida­de de São Paulo (IEA/USP).

Durante a crise hídrica, Jacobi foi um entusiasta da estruturaç­ão do terceiro setor em grupos como a Aliança Pela Água, que ajudou a população a evitar a falta de água em suas casas.

Por outro lado, foi um crítico tanto do poder público – que, segundo ele, faltou com transparên­cia –, quanto da mídia, que não teria, para o pesquisado­r, dado voz para todos que estavam sofrendo com o problema. “Se o quadro é de escassez hídrica, o governo tem de fazer campanhas contínuas de caráter preventivo. E a Região Metropolit­ana de São Paulo precisa ser caracteriz­ada permanente­mente como uma área afetada pela escassez de água”, diz.

“Lembrando que escassez é diferente da crise hídrica vivida entre 2013 e 2015”, afirma Jacobi. Sobre a mídia, opina que falta profundida­de quando trata o tema. “A mídia precisa focar mais no seu papel de prevenção e não de agente da catástrofe.”

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RAFAEL ARBEX / ESTADÃO –22/10/2014 Educação. No auge da crise, desperdíci­o ainda era flagrado

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