O Estado de S. Paulo

Tite chama Allan e pede mudanças no calendário

Volante do Napoli é a novidade para os jogos de novembro. Técnico quer alinhar futebol nacional às datas Fifa

- RIO

O técnico Tite convocou ontem 23 jogadores para defender a seleção brasileira nos amistosos contra Uruguai e Camarões, nos dias 16 e 20 de novembro, na Inglaterra, respectiva­mente. As principais novidades foram Allan, volante do Napoli, e a volta do meia Paulinho.

Como os jogos dos Campeonato Brasileiro não param durante os amistosos internacio­nais das seleções, a comissão técnica decidiu não desfalcar as equipes na reta final do torneio. A exceção foi o zagueiro Dedé, após um acordo com o Cruzeiro, classifica­do à Libertador­es com o título da Copa do Brasil.

Tite revelou que vem conversand­o com o diretor executivo e presidente eleito da CBF, Rogério Caboclo, para diminuir os conflitos entre as datas dos amistosos e competiçõe­s oficiais e o calendário nacional. Como as datas de 2019 já estão definidas, a adequação seria feita em 2020. “Tivemos uma reunião, Caboclo, eu e Edu (Gaspar, coordenado­r de seleções), no sentido de tentar reconduzir isso. É desconfort­ável, traz prejuízo ao clube, ao atleta, à entidade e à seleção. Existem algumas amarras também da Conmebol, e procuramos retirar esses problemas”, afirmou Tite, em entrevista na sede da CBF.

Novidade. Surpresa do meio de campo, Allan já estava no radar da comissão técnica havia muito tempo. O volante, de 27 anos, é um dos principais nomes do futebol italiano e já foi sondado para defender a Itália, como o ítalo-brasileiro Jorginho, atualmente no Chelsea.

Bem-humorado, Tite disse

que foi “pressionad­o” pelo auxiliar Sylvinho. “Ele (Sylvinho) me pressionou para caramba. Deveria ter convocado antes”, afirmou, sorrindo, o treinador. “É oportuniza­r, mas montando uma estrutura básica para a Copa América. No 4-3-3 ou no 4-42, o Allan alterna saída, como foi no jogo (do Napoli) contra o PSG (na última quarta-feira, pela Liga dos Campeões). Fez por merecer”, enfatizou o chefe.

Outra novidade foi a volta de Paulinho, do Guangzhou, chamado pela primeira vez após a Copa da Rússia. “O Paulo tem lastro grande com a seleção. Não veio o Fernandinh­o, mas não que eu não quisesse. Ele vai retornar. Não vai ser um acidente de percurso que vai retirá-lo do grupo”, diz, referindo-se à má atuação contra a Bélgica na Copa.

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