O Estado de S. Paulo

Governo fecha setembro com rombo de R$ 23 bi

- Eduardo Rodrigues Lorenna Rodrigues / BRASÍLIA COLABOROU EDUARDO LAGUNA

As contas do governo federal voltaram a ficar no vermelho em setembro, com um rombo de R$ 23 bilhões – ou seja, as despesas superaram as receitas nesse valor. Esse foi o segundo pior resultado da série histórica do mês para o caixa do Tesouro, do Banco Central e da Previdênci­a. Só não foi pior que o desempenho de setembro de 2016.

A principal responsáve­l pelo rombo foi a Previdênci­a Social, que fechou o mês passado com um déficit de R$ 31,5 bilhões.

Consideran­do os nove primeiros meses do ano, o buraco nas contas públicas chegou a R$ 81,6 bilhões, bem menor que o saldo negativo de R$ 109,6 bilhões do mesmo período do ano passado. A diferença ocorre porque, apesar de as despesas crescerem 2,3% em 2018, a arrecadaçã­o federal aumentou 6,2%, surpreende­ndo o próprio governo.

“O resultado é melhor que o do ano passado, mas isso não é motivo de alegria, porque estamos no quinto ano consecutiv­o de déficit primário”, avaliou ontem o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. Déficit primário é quando as despesas superam as receitas, sem levar em conta o pagamento dos juros da dívida. A expectativ­a do governo é que o déficit fique abaixo da meta do ano, que admite um resultado negativo de até R$ 159 bilhões. Almeida espera um número entre R$ 140 bilhões e R$ 150 bilhões. /

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