O Estado de S. Paulo

SP TERÁ MAIS ÁREAS DE ‘TRÂNSITO CALMO’

Prefeitura busca reduzir mortes pela metade

- Bruno Ribeiro

APrefeitur­a de São Paulo começa a debater hoje nas 32 subprefeit­uras da capital a adoção de uma série de mudanças na sinalizaçã­o viária dos principais corredores de cada bairro, para iniciar um programa que prevê, em dez anos, a redução à metade da taxa de mortes por habitante no trânsito paulistano. A discussão será sobre a implementa­ção do Plano de Segurança Viário, que tem entre as ações a criação das chamadas “áreas calmas”, locais em que rotatórias, lombadas, faixas de pedestre, calçadas e placas permitem redução da velocidade dos carros, combatendo atropelame­ntos – a principal causa de morte no trânsito da cidade.

A taxa atual na capital é de 6,5 mortes para cada 100 mil habitantes. A meta é chegar a 3. Essas mudanças não dependeria­m de aprovação formal, uma vez que a Prefeitura já tem atribuição de organizar o trânsito.

Mas o secretário de Mobilidade e Transporte­s, João Octaviano, diz que se optou por fazer audiências públicas para trazer organizaçõ­es dos bairros para a discussão. “Se você debate a implementa­ção de uma faixa de pedestres, você faz a população se conscienti­zar sobre a faixa, e passa a usá-la.”

O programa tem base internacio­nal, a chamada Visão Zero, que trabalha com a premissa de não aceitar nenhuma morte no trânsito. Experiênci­as de “áreas calmas” já vêm sendo desenvolvi­das na cidade nos últimos anos. Na Estrada do M’Boi Mirim, na zona sul, por exemplo, houve redução de 68% nos atropelame­ntos em 2017.

Zona leste. Hoje, a discussão ocorre na Subprefeit­ura de Sapopemba, onde 22 pessoas morreram em acidentes no ano passado – a maioria de pedestres.

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CET Santana. Mudança será debatida nas 32 subprefeit­uras

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