Colégios incentivam a graduação no exterior
Dentro da escola, alunos já dispõem de informação para decidir se querem fazer o ensino superior fora do Brasil
Fazer graduação fora do Brasil é cada vez mais comum para os alunos de escolas particulares. Seja pela alta concorrência nos vestibulares tradicionais dentro do País, seja pelas portas abertas por universidades estrangeiras, os adolescentes veem o cenário no exterior como mais uma opção para iniciar a carreira.
O estudante de Psicologia da Universidade de San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos, Henrique Passos Alvalá conta que optou pelo exterior por dois motivos: conquistar independência e ser desafiado intelectualmente pelo aprendizado em outra língua em uma universidade de ponta. “Por isso, decidi vir. Conhecer novas pessoas e viver novas experiências”, diz o ex-aluno do Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo.
Outro fator para a escolha é a abrangência curricular que universidades americanas oferecem. A vestibulanda Maria Victoria Poluppu, estudante do 3.º ano do ensino médio na Escola Móbile, na capital paulista, se inscreveu para cursar Engenharia Aeroespacial em universidades americanas, que, na maior parte, oferecem disciplinas de cultura geral em todas as graduações. Ou seja, para cursar Engenharia, além de fazer disciplinas como Mecânica Orbital, ela terá de aprender também História da Arte.
“É um dos motivos pelos quais eu estou indo para fora
(do País)”, afirma Maria Victoria, empolgada com a possibilidade de ter uma formação mais ampla. “No Brasil, até tem essa oportunidade, mas é mais difícil do que lá fora”, explica a aluna.
Contato. Nesses casos, a ajuda do colégio é essencial para fazer a ponte entre um país e outro. De acordo com a diretora pedagógica do Porto Seguro, Silmara Rascalha Casadei, enquanto os pequenos do ensino infantil fazem videoconferências internacionais para aprender a se comunicar, os mais velhos participam de viagens internacionais para conhecer universidades da Alemanha e dos Estados Unidos.