Uma nova esperança
Em debate na TV Estadão, paciente conta como a imunoterapia está ajudando a enfrentar o câncer
Quando foi diagnosticado com câncer de pulmão avançado, o empresário José Hilário Pasquini, 65 anos, passou por 30 sessões de radioterapia e oito de quimioterapia. Até janeiro deste ano, parecia que mais nada poderia ser feito, até que seu médico propôs um novo tratamento com imunoterapia. “Por enquanto, não tive nenhum efeito colateral. Após dez sessões sigo uma vida normal”, comemora o paciente de Presidente Prudente (SP), que vem à capital duas vezes por mês para receber o medicamento. “Essa nova estratégia costuma ter um efeito muito mais duradouro; estudos já mostraram ótimos resultados em pessoas que vêm usando a imunoterapia há cinco anos, o que no câncer de pulmão representa uma conquista muito significativa”, diz o médico William William Junior, diretor de Oncologia clínica do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. E a ciência mostra que os avanços serão ainda mais promissores. “Há uma série de outros medicamentos que vão estimular o nosso sistema de defesa de maneiras diferentes e que podem ser combinados com tratamentos mais tradicionais”, explica William Junior, que ressalta que os exames para identificar os pacientes mais aptos a receber imunoterapia são fundamentais para personalizar a escolha da melhor estratégia de tratamento.