Um astronauta no governo
Tenente-coronel ganhou notoriedade em 2006 ao se tornar o primeiro astronauta brasileiro a viajar para o espaço
Filiado ao PSL, o tenente-coronel Marcos Pontes comandará o Ministério da Ciência e Tecnologia. A pasta deve ter nova formatação, com controle sobre o ensino superior, hoje sob tutela da Educação.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), confirmou ontem o nome do tenente-coronel e astronauta Marcos Pontes (filiado ao mesmo partido), para chefiar o Ministério da Ciência e Tecnologia. Nesta eleição, ele concorreu como segundo suplente do senador eleito Major Olímpio (SP).
“Comunico que o tenente-coronel e astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto ministro confirmado!”, escreveu Bolsonaro, em sua conta no Twitter.
A pasta que passará a comandar deve ganhar nova formatação. Hoje atreladas à Ciência e à Tecnologia, as Comunicações devem compor uma pasta com Transportes e Infraestrutura. Mas ficaria sob os cuidados de Pontes a área referente a ensino superior, hoje sob a tutela do Ministério da Educação.
Anteontem, Pontes havia declarado ao telejornal Bom Dia RN, da Inter TV, afiliada da TV Globo, que havia aceitado o convite. “Fui convidado e já aceitei, o convite está aceito”, disse ele. “Assumo o ministério, fico os quatro anos e depois, eventualmente, posso entrar no Senado para continuar o trabalho dentro do Congresso”, acrescentou ele, na entrevista.
Notoriedade. Marcos Pontes nasceu em Bauru, no interior de São Paulo, e formou-se em engenharia no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Ele ganhou notoriedade em março de 2006, quando se tornou o primeiro e único astronauta brasileiro a viajar para o espaço (mais informações nesta página).
O futuro ministro tentou a sorte pela primeira vez na política em 2014, quando disputou uma vaga como deputado federal por São Paulo. Na ocasião, recebeu pouco mais de 43 mil votos e não foi eleito.