Conservadora fã de Bolsonaro quer ser presidente da Bolívia
Deputada Norma Piérola diz se inspirar no brasileiro para impedir Evo Morales de chegar ao 4º mandato
A deputada conservadora boliviana Norma Piérola costuma atacar os adversários com virulência. Ela chama Evo Morales de “ditador nazifascista” e os correligionários do presidente da Bolívia de “corruptos e pilantras”. Piérola se declara fã incondicional do presidente eleito brasileiro Jair Bolsonaro. Ele será a inspiração de Piérola, que ontem decidiu concorrer à presidência da Bolívia, para tentar impedir que Evo obtenha um quarto mandato em 2019.
Ontem, ela agradeceu a Bolsonaro por “evidenciar os comportamentos criminais” dos ex-presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e os “acordos internos e secretos” dos políticos do PT com Evo. Ela é apoiada por uma fração do nanico Partido Democrata Cristão (PDC).
Única mulher na disputa, a um ano das eleições, a “bolsonarista” afirma que se lançou na corrida eleitoral com o objetivo de “reconstruir no país o respeito pleno à vida e à dignidade”. Segundo ela, a Bolívia não pode mais continuar nas mãos de um projeto de ditador”. A deputada ganhou notoriedade em 2015 ao recusar um cumprimento de Evo, que lhe havia estendido a mão.
Outra ala do PDC lançou Paz Zamora, o social-democrata que governou de 1989 a 1993. No começo de outubro, o ex-presidente Carlos Mesa, que governou de 2003 a 2005, também anunciou a candidatura. As sondagens mostram Mesa à frente de Evo, presidente desde 2006.
Mesa é o único, até o momento, visto como capaz de aglutinar a oposição. A Bolívia deve ir às urnas em outubro de 2019 para eleger presidente e vice. O Congresso bicameral também será renovado.