Invepar avalia alternativas para pagar Mubadala
AInvepar já avalia alternativas para honrar seu compromisso de cerca de R$ 1,2 bilhão com o fundo Mubadala, de Abu Dabi, que vence no final do ano, diante de dificuldades em fechar uma captação externa de cerca de US$ 500 milhões. Depois de uma semana de apresentações (roadshow) da operação para emissão de bônus, os investidores exigiram reforço das garantias, arrastando as conversas por mais uma semana. Pediram que, em vez de terem somente os dividendos da Linha Amarela e do MetroRio como garantia, também a geração de caixa ficasse comprometida para honrar o juro dos papéis. A empresa resistiu porque, dessa forma, estaria travada para usar as duas melhores fontes de receita do grupo para cumprir obrigações em outras empresas, que têm geração de caixa menor e obrigações financeiras elevadas, como o Aeroporto de Guarulhos. Procurada, a Invepar não comentou.
» Expansão. O crédito concedido por meio de duplicatas cresceu 12,4% em 12 meses até outubro deste ano, atingindo R$ 723 bilhões, de acordo com levantamento da Central de Registro de Direito Creditório (CRDC), que faz a verificação e gestão de duplicatas. Em relação a setembro, o aumento foi de 1,7%. O avanço foi puxado pelas operações de crédito lastreadas em duplicatas feitas no Sistema Financeiro Nacional, que aumentaram 18,7% em 12 meses até outubro, para R$ 423 bilhões, sendo o maior volume representado por descontos de duplicatas.
» Cautela. Já as operações de crédito envolvendo duplicatas em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) ficaram estagnadas durante o mesmo período comparativo, em R$ 300 bilhões. O motivo é a cautela dos investidores que compram cotas dos fundos diante das incertezas com a economia, especialmente depois da greve dos caminhoneiros, em maio, que provocou queda no PIB. Para os bancos, as condições da economia tiveram peso menor, uma vez que utilizam na concessão do crédito o próprio capital, que sobrou em decorrência do encolhimento dos empréstimos durante a crise.
» Apetite. A rede Savegnago Supermercados, a maior do interior paulista, investirá R$ 300 milhões nos próximos dois anos para a abertura de 10 novas unidades e modernização de cinco outros estabelecimentos no Estado de São Paulo. A expectativa é chegar em 2020 com 51 supermercados e 10 mil funcionários – hoje, já são 8.100 nas 41 lojas em operação, quatro postos de combustíveis, dois centros de distribuição e o centro administrativo da rede.
» Top ten. Entre os municípios que receberão novas lojas Savegnago está Campinas (SP), o terceiro mais populoso de São Paulo, onde a rede terá a sua primeira unidade. Em 2018, a supermercadista deve faturar R$ 3 bilhões e estima alta 30% no faturamento nos próximos dois anos com as inaugurações anunciadas. A meta do Savegnago é estar entre as dez maiores redes de supermercados do Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Savegnago Supermercados lidera o ranking do setor em faturamento no interior paulista, está em sétimo no Estado de São Paulo e em 11.º no Brasil.
» Autonomia. Os carros totalmente autônomos são a grande tendência para o setor automotivo até 2025, de acordo com estudo da Cognizant, consultoria mundial voltada a modelos de negócios digitais. Para ser líder nesse novo mercado, o desafio das montadoras será proporcionar a melhor experiência aos consumidores dentro do automóvel, de acordo com o levantamento, já que em vez de dirigir, os usuários devem usar o tempo com atividades como leitura, estudo ou trabalho.
» Comunitário. Outra tendência prevista pela Cognizant para a indústria automotiva deve vir da proposta de compartilhamento de automóveis. Com a ideia de propriedade de um automóvel em declínio, o uso comunitário de um carro autônomo forçará as montadoras a pensarem em modelos personalizados.
» Robot. Os caminhões da fabricante de gases industriais White Martins contarão com um equipamento capaz de identificar a fadiga ou distração do motorista por meio de um algoritmo de inteligência artificial. Até o fim deste ano, entre 200 e 250 caminhões terão essa ferramenta instalada, em diversos países da América do Sul. A projeção da empresa é de uma redução de 27% em eventos de alta severidade (colisões) e 28% de queda em tombamentos.