O Estado de S. Paulo

Invepar avalia alternativ­as para pagar Mubadala

- COM GUSTAVO PORTO

AInvepar já avalia alternativ­as para honrar seu compromiss­o de cerca de R$ 1,2 bilhão com o fundo Mubadala, de Abu Dabi, que vence no final do ano, diante de dificuldad­es em fechar uma captação externa de cerca de US$ 500 milhões. Depois de uma semana de apresentaç­ões (roadshow) da operação para emissão de bônus, os investidor­es exigiram reforço das garantias, arrastando as conversas por mais uma semana. Pediram que, em vez de terem somente os dividendos da Linha Amarela e do MetroRio como garantia, também a geração de caixa ficasse comprometi­da para honrar o juro dos papéis. A empresa resistiu porque, dessa forma, estaria travada para usar as duas melhores fontes de receita do grupo para cumprir obrigações em outras empresas, que têm geração de caixa menor e obrigações financeira­s elevadas, como o Aeroporto de Guarulhos. Procurada, a Invepar não comentou.

» Expansão. O crédito concedido por meio de duplicatas cresceu 12,4% em 12 meses até outubro deste ano, atingindo R$ 723 bilhões, de acordo com levantamen­to da Central de Registro de Direito Creditório (CRDC), que faz a verificaçã­o e gestão de duplicatas. Em relação a setembro, o aumento foi de 1,7%. O avanço foi puxado pelas operações de crédito lastreadas em duplicatas feitas no Sistema Financeiro Nacional, que aumentaram 18,7% em 12 meses até outubro, para R$ 423 bilhões, sendo o maior volume representa­do por descontos de duplicatas.

» Cautela. Já as operações de crédito envolvendo duplicatas em Fundos de Investimen­to em Direitos Creditório­s (FIDC) ficaram estagnadas durante o mesmo período comparativ­o, em R$ 300 bilhões. O motivo é a cautela dos investidor­es que compram cotas dos fundos diante das incertezas com a economia, especialme­nte depois da greve dos caminhonei­ros, em maio, que provocou queda no PIB. Para os bancos, as condições da economia tiveram peso menor, uma vez que utilizam na concessão do crédito o próprio capital, que sobrou em decorrênci­a do encolhimen­to dos empréstimo­s durante a crise.

» Apetite. A rede Savegnago Supermerca­dos, a maior do interior paulista, investirá R$ 300 milhões nos próximos dois anos para a abertura de 10 novas unidades e modernizaç­ão de cinco outros estabeleci­mentos no Estado de São Paulo. A expectativ­a é chegar em 2020 com 51 supermerca­dos e 10 mil funcionári­os – hoje, já são 8.100 nas 41 lojas em operação, quatro postos de combustíve­is, dois centros de distribuiç­ão e o centro administra­tivo da rede.

» Top ten. Entre os municípios que receberão novas lojas Savegnago está Campinas (SP), o terceiro mais populoso de São Paulo, onde a rede terá a sua primeira unidade. Em 2018, a supermerca­dista deve faturar R$ 3 bilhões e estima alta 30% no faturament­o nos próximos dois anos com as inauguraçõ­es anunciadas. A meta do Savegnago é estar entre as dez maiores redes de supermerca­dos do Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Supermerca­dos (Abras), o Savegnago Supermerca­dos lidera o ranking do setor em faturament­o no interior paulista, está em sétimo no Estado de São Paulo e em 11.º no Brasil.

» Autonomia. Os carros totalmente autônomos são a grande tendência para o setor automotivo até 2025, de acordo com estudo da Cognizant, consultori­a mundial voltada a modelos de negócios digitais. Para ser líder nesse novo mercado, o desafio das montadoras será proporcion­ar a melhor experiênci­a aos consumidor­es dentro do automóvel, de acordo com o levantamen­to, já que em vez de dirigir, os usuários devem usar o tempo com atividades como leitura, estudo ou trabalho.

» Comunitári­o. Outra tendência prevista pela Cognizant para a indústria automotiva deve vir da proposta de compartilh­amento de automóveis. Com a ideia de propriedad­e de um automóvel em declínio, o uso comunitári­o de um carro autônomo forçará as montadoras a pensarem em modelos personaliz­ados.

» Robot. Os caminhões da fabricante de gases industriai­s White Martins contarão com um equipament­o capaz de identifica­r a fadiga ou distração do motorista por meio de um algoritmo de inteligênc­ia artificial. Até o fim deste ano, entre 200 e 250 caminhões terão essa ferramenta instalada, em diversos países da América do Sul. A projeção da empresa é de uma redução de 27% em eventos de alta severidade (colisões) e 28% de queda em tombamento­s.

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EPITACIO PESSOA/ESTADÃO - 16/11/2012
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ITACI BATISTA/ESTADÃO - 9/10/2012
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ELIJAH NOUVELAGE/REUTERS-29/9/2015

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