O Estado de S. Paulo

Mudança no Reintegra afeta exportador

- L.N.

Exportador­es brasileiro­s reclamam das constantes alterações de alíquotas no programa Reintegra, regime que devolve de 0,1% a 3% da receita com exportação como forma de compensar o pagamento de impostos na cadeia de produção.

Pesquisa da Confederaç­ão Nacional da Indústria (CNI) mostra que, apesar de 66% das empresas considerar­em que o regime funciona bem, as alterações constantes na alíquota do programa representa­m um dos principais entraves para o setor para metade dos entrevista­dos. Outros 19% reclamam da imprevisib­ilidade sobre a manutenção do regime.

Com o intervalo da alíquota estabeleci­do em lei, o governo muda o porcentual com frequência, o que atrapalha a previsibil­idade das empresas. Em maio, para compensar parte das medidas adotadas para debelar a greve dos caminhonei­ros, o governo reduziu de 2% para 0,1% o porcentual.

“A manutenção do Reintegra, bem como de sua alíquota constante, é fundamenta­l para que as empresas tenham segurança jurídica e tomem suas decisões de investimen­tos. Além disso, ao permitir a recuperaçã­o de impostos pagos ao longo da produção, o programa contribui para a promoção das exportaçõe­s como alavanca para o cresciment­o da economia brasileira, do emprego e da renda”, afirma o diretor de Desenvolvi­mento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. A CNI ouviu 143 empresas exportador­as./

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