Salários nos EUA têm maior ganho desde 2009
Relatório do governo americano também aponta a mais baixa taxa de desemprego em 49 anos, de 3,7%
O crescimento do emprego nos Estados Unidos se recuperou com força em outubro e os salários registraram seu maior ganho anual em nove anos, apontando para um aperto no mercado de trabalho que poderia encorajar o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, a aumentar as taxas de juros novamente em dezembro.
O relatório mensal do Departamento de Trabalho mostrou que a taxa de desemprego está estável em 3,7%, a mais baixa em 49 anos. A força do mercado de trabalho pode aliviar os temores sobre a saúde da economia do país, após dados fracos do setor de habitação e um freio nos gastos empresariais.
A geração de postos fora do setor agrícola somou 250 mil empregos no mês passado, já que o emprego no setor de lazer e turismo se recuperou depois de ser pressionado pelo furacão Florence, que inundou a Carolina do Norte e Carolina do Sul em setembro. Também houve ganhos nos setores manufatureiro, de construção e serviços profissionais e de negócios.
Os ganhos médios por hora subiram US$ 0,05, ou 0,2%, em outubro, após alta de 0,3% em setembro. Isso impulsionou o aumento anual dos salários para 3,1% – maior ganho desde 2009 – ante 2,8% em setembro.
O forte ganho salarial anual reflete outros dados publicados ao longo da semana. A remuneração por hora do trabalhador americano também aumentou em um ritmo acelerado no terceiro trimestre.
Os salários apoiam as previsões de que a inflação vai pairar em torno da meta de 2% do banco central por um tempo.
Não é esperado que o Fed aumente as taxas em sua reunião na semana que vem, mas economistas dizem acreditar que os fortes dados do mercado de trabalho de outubro possam fazer com que o banco central dos EUA sinalize um aumento em dezembro. O Fed elevou os juros em setembro pela terceira vez este ano./