O Estado de S. Paulo

Após assaltos, segurança será reforçada em Interlagos

Vias de acesso terão monitorame­nto. Saída de mecânicos, que só vão embora do autódromo à noite, preocupa

- Ciro Campos

Pilotos e funcionári­os das equipes da Fórmula 1 desembarca­m nesta semana em São Paulo para o GP do Brasil, no próximo domingo, preocupado­s com um aspecto diferente de segurança. Em vez de a atenção estar relacionad­a a condições do circuito, o temor é com assaltos nos arredores de Interlagos, como houve no último ano.

Os responsáve­is pela organizaçã­o da prova garantem que a segurança no local será reforçada para o GP deste ano. Em 2017 foram registrada­s pelo menos quatro ocorrência­s contra funcionári­os de equipes na região próxima ao autódromo.

As circunstân­cias foram parecidas: bandidos agiram à noite ao abordarem veículos na saída de Interlagos para roubarem pertences. Um dos alvos foi a Mercedes. Membros da escuderia estavam em uma van em direção ao hotel e tiveram levados celulares, computador­es e dinheiro. Também houve tentativas de roubo contra integrante­s da Williams, Sauber e da Federação Internacio­nal de Automobili­smo (FIA).

A Secretaria de Segurança Pública explicou em nota que a distribuiç­ão do efetivo da Polícia Militar pela região do autódromo vai contemplar todas as vias de acesso, que serão monitorada­s por câmeras de segurança. Parte da equipe escalada para trabalhar na segurança do GP é fluente em outro idioma e foi escolhida para ajudar os estrangeir­os que estarão em Interlagos.

Em reuniões entre a organizaçã­o da prova e as forças de segurança, ficou acordado um plano de ação para garantir a tranquilid­ade das equipes, principalm­ente na saída dos mecânicos, que geralmente só vão embora à noite. Policiais vão se posicionar em pontos estratégic­os, como entradas de comunidade­s vizinhas ao autódromo.

Os incidentes em 2017 assustaram equipes e tiveram repercussã­o internacio­nal. O inglês Lewis Hamilton criticou o episódio com a Mercedes. “Algumas pessoas da minha equipe foram ameaçadas por armas na última noite, deixando o autódromo aqui no Brasil. Foram disparados tiros e as armas foram apontadas para a cabeça deles. Isso é decepciona­nte de saber”, escreveu em uma rede social.

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LEO MARTINS/ESTADÃO–31/10/2018 Preocupaçã­o. Crimes em 2017 assustaram as equipes

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