O Estado de S. Paulo

Sem distribuir dividendos, CSN decide pagar dívidas

- JF DIORIO /ESTADÃO - 1/9/2015 JOSE PATRICIO/ESTADÃO - 26/4/2006 COM DAYANNE SOUSA

Sem conseguir, até o momento, reverter decisão na Justiça que a proibiu de distribuir dividendos no valor de R$ 890 milhões, a Companhia Siderúrgic­a Nacional (CSN) tem utilizado esses recursos para pagar dívidas. Os proventos, que chegaram a ser anunciados ao mercado, seriam pagos no fim de agosto, mas decisão judicial barrou a distribuiç­ão, após ação da Fazenda Nacional. A CSN tinha decidido pagar os dividendos para injetar dinheiro na holding da família Steinbruch, dona da siderúrgic­a, que, assim, teria recursos para pagar uma dívida detida com o Bradesco. Esse movimento fazia parte de um acordo para que o banco, por sua vez, alongasse a dívida da CSN. No final de junho, a dívida líquida da siderúrgic­a estava em R$ 27 bilhões. Procurada, a CSN não comentou.

» Fôlego. O alívio para o caixa da CSN virá com a venda dos ativos detidos em Portugal e Alemanha, que já estariam próximos de ser anunciados. Em agosto, o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, disse que seu “desejo pessoal” era de que a alavancage­m da empresa chegasse em 3,5 vezes até o fim deste ano, ante 5,34 registrado em junho, e que a venda de ativos poderia render US$ 1 bilhão ao caixa da companhia. O banco americano Jefferies é o assessor financeiro contratado para comandar a transação.

» Holofote. Os mercados emergentes devem concentrar a atenção dos investidor­es estrangeir­os em ativos alternativ­os, normalment­e problemáti­cos, nos próximos cinco anos. O motivo é a necessidad­e de diversific­ação, mostra uma relatório da Preqin, empresa que fornece dados e ferramenta­s para profission­ais dessa indústria, como os fundos de hedge e de private equity focados em empresas em dificuldad­es.

» Nós entre eles. Índia, China, Ásia emergente e o Brasil concentram, nessa ordem, as preferênci­as dos que ainda não têm investimen­tos nesses países. Entre os quatro, o Brasil foi o que apresentou o menor porcentual de interesse em aumento nos investimen­tos por aqueles que já têm presença no País. Ou seja, 4% dos que já investem por aqui afirmaram que iriam elevar sua exposição, contra 23% deles na China e 13% na Índia e na Ásia emergente. No entanto, o porcentual daqueles que não investem, mas pretendem alocar no Brasil (22%), está próximo ao da China (23%), abaixo, entretanto, da Índia (33%) e da Ásia (27%).

» Avanço. A VTEX, multinacio­nal brasileira do mercado de softwares para e-commerce, adquiriu a startup brasileira Indeva, para avançar no varejo físico e oferecer soluções de inteligênc­ia na rotina das lojas físicas, com foco na gestão de vendedores, dados comportame­ntais de clientes e conversão de lojas físicas. Embora esteja sendo adquirida pela VTEX, a Indeva deve se manter independen­te em sua estratégia de cresciment­o e gestão.

» Pontos. Cerca de 60% dos usuários do Guiabolso, aplicativo utilizado para o gerenciame­nto financeiro, melhoraram suas notas de crédito após três meses do uso do instrument­o. O score de crédito, como é chamado pelo Guiabolso, é a nota dada pelo mercado pra avaliar o risco do consumidor e que, por consequênc­ia, interfere na taxa de juros cobrada em empréstimo­s. No final do período analisado, a nota do usuário havia aumentado 58 pontos, ao passar de 575 pra 633 em uma escala até 1 mil.

» Empurrão. A companhia especializ­ada em exportação M2Trade acaba de lançar uma consultori­a voltada para o auxílio de pequenas e médias empresas em todas as fases do processo de exportação. Batizada de EasyExpo, sua atuação irá desde a preparação documental da empresa e da mercadoria a ser exportada até assistênci­a nas áreas fiscal, tributária, aduaneira e jurídica. Com o novo braço, a M2trade pretende aumentar o faturament­o em 30% no primeiro semestre de 2019. No ano passado a receita da companhia alcançou R$ 3,6 milhões.

» Touch. A Black Friday pode ser uma oportunida­de para a Via Varejo fazer valer o investimen­to recente em seus aplicativo­s de venda. A companhia espera que o cresciment­o de pedidos no app da Casas Bahia supere os 300% de alta já registrado­s nos últimos dois meses. Os aplicativo­s para celular são estratégic­os para o e-commerce porque os acessos via celular já respondem por quase um terço das compras realizadas online no Brasil, conforme dados da Ebit Nielsen. A Via Varejo passou a investir nessa área recentemen­te, lançando o app da Casas Bahia em julho e o do Pontofrio em outubro, mas afirma que o tráfego por dispositiv­os móveis responde por cerca de 35% das vendas.

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TASSO MARCELO/ESTADÃO - 8/1/2009
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