Sem distribuir dividendos, CSN decide pagar dívidas
Sem conseguir, até o momento, reverter decisão na Justiça que a proibiu de distribuir dividendos no valor de R$ 890 milhões, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tem utilizado esses recursos para pagar dívidas. Os proventos, que chegaram a ser anunciados ao mercado, seriam pagos no fim de agosto, mas decisão judicial barrou a distribuição, após ação da Fazenda Nacional. A CSN tinha decidido pagar os dividendos para injetar dinheiro na holding da família Steinbruch, dona da siderúrgica, que, assim, teria recursos para pagar uma dívida detida com o Bradesco. Esse movimento fazia parte de um acordo para que o banco, por sua vez, alongasse a dívida da CSN. No final de junho, a dívida líquida da siderúrgica estava em R$ 27 bilhões. Procurada, a CSN não comentou.
» Fôlego. O alívio para o caixa da CSN virá com a venda dos ativos detidos em Portugal e Alemanha, que já estariam próximos de ser anunciados. Em agosto, o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, disse que seu “desejo pessoal” era de que a alavancagem da empresa chegasse em 3,5 vezes até o fim deste ano, ante 5,34 registrado em junho, e que a venda de ativos poderia render US$ 1 bilhão ao caixa da companhia. O banco americano Jefferies é o assessor financeiro contratado para comandar a transação.
» Holofote. Os mercados emergentes devem concentrar a atenção dos investidores estrangeiros em ativos alternativos, normalmente problemáticos, nos próximos cinco anos. O motivo é a necessidade de diversificação, mostra uma relatório da Preqin, empresa que fornece dados e ferramentas para profissionais dessa indústria, como os fundos de hedge e de private equity focados em empresas em dificuldades.
» Nós entre eles. Índia, China, Ásia emergente e o Brasil concentram, nessa ordem, as preferências dos que ainda não têm investimentos nesses países. Entre os quatro, o Brasil foi o que apresentou o menor porcentual de interesse em aumento nos investimentos por aqueles que já têm presença no País. Ou seja, 4% dos que já investem por aqui afirmaram que iriam elevar sua exposição, contra 23% deles na China e 13% na Índia e na Ásia emergente. No entanto, o porcentual daqueles que não investem, mas pretendem alocar no Brasil (22%), está próximo ao da China (23%), abaixo, entretanto, da Índia (33%) e da Ásia (27%).
» Avanço. A VTEX, multinacional brasileira do mercado de softwares para e-commerce, adquiriu a startup brasileira Indeva, para avançar no varejo físico e oferecer soluções de inteligência na rotina das lojas físicas, com foco na gestão de vendedores, dados comportamentais de clientes e conversão de lojas físicas. Embora esteja sendo adquirida pela VTEX, a Indeva deve se manter independente em sua estratégia de crescimento e gestão.
» Pontos. Cerca de 60% dos usuários do Guiabolso, aplicativo utilizado para o gerenciamento financeiro, melhoraram suas notas de crédito após três meses do uso do instrumento. O score de crédito, como é chamado pelo Guiabolso, é a nota dada pelo mercado pra avaliar o risco do consumidor e que, por consequência, interfere na taxa de juros cobrada em empréstimos. No final do período analisado, a nota do usuário havia aumentado 58 pontos, ao passar de 575 pra 633 em uma escala até 1 mil.
» Empurrão. A companhia especializada em exportação M2Trade acaba de lançar uma consultoria voltada para o auxílio de pequenas e médias empresas em todas as fases do processo de exportação. Batizada de EasyExpo, sua atuação irá desde a preparação documental da empresa e da mercadoria a ser exportada até assistência nas áreas fiscal, tributária, aduaneira e jurídica. Com o novo braço, a M2trade pretende aumentar o faturamento em 30% no primeiro semestre de 2019. No ano passado a receita da companhia alcançou R$ 3,6 milhões.
» Touch. A Black Friday pode ser uma oportunidade para a Via Varejo fazer valer o investimento recente em seus aplicativos de venda. A companhia espera que o crescimento de pedidos no app da Casas Bahia supere os 300% de alta já registrados nos últimos dois meses. Os aplicativos para celular são estratégicos para o e-commerce porque os acessos via celular já respondem por quase um terço das compras realizadas online no Brasil, conforme dados da Ebit Nielsen. A Via Varejo passou a investir nessa área recentemente, lançando o app da Casas Bahia em julho e o do Pontofrio em outubro, mas afirma que o tráfego por dispositivos móveis responde por cerca de 35% das vendas.