O Estado de S. Paulo

PRÉ-GOVERNO BOLSONARO

Sem ‘toma lá dá cá’

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, diz que só serão escolhidos para o seu Ministério técnicos de reconhecid­a capacidade para as respectiva­s pastas. Contudo ele vai enfrentar dificuldad­es. Acostumado­s ao “toma lá dá cá” e ao “quanto é que eu levo nisso?”, os donos de partidos Valdemar da Costa Neto, do PR, e Roberto Jefferson, do PTB, não vão querer sujeitar-se à decisão do novo presidente, ameaçando-o de oposição. Aliás, não só esses dois, mas outros políticos também acostumado­s à “base de coalizão” criada por Lula para se manter indefinida­mente no poder a qualquer custo não vão querer perder o poder de barganha na indicação de apadrinhad­os para ministério­s e outros rendosos cargos públicos. JOSÉ CARLOS DE CASTRO RIOS jc.rios@globo.com

São Paulo

Mãos à obra

Ante a possibilid­ade de vitória, Bolsonaro e Paulo Guedes puseram logo a mão na massa para entender melhor o tamanho da “herança” que lhes caberia. O presidente Michel Temer abriulhes o caminho e facilitou o trabalho. Parece que a “encrenca” os assustou, pois de pronto aceitaram a reforma da Previdênci­a já em pauta e puseram o adiamento de aumento salarial dos servidores para 2019 em perspectiv­a de aprovação no Legislativ­o, entre outras medidas. Estão sendo coerentes com as propostas de campanha e previdente­s ao aproveitar­em a “lua de mel”. Mas terão de tomar ainda muitas outras medidas amargas para desmontar as minas camufladas pela “progressis­ta” economia ciclística dos pedaleiros petistas, que nos abrigam a conviver com uma pororoca recessiva. Ao não titubearem, Bolsonaro e Guedes indicam firmeza à plateia ávida de boas notícias. SERGIO HOLL LARA jrmholl.idt@terra.com.br Indaiatuba

Brasil esperanços­o

Após anos de crises, há uma esperança de um Brasil melhor, mais justo, principalm­ente com Sergio Moro no Ministério da Justiça, dando o apoio necessário ao presidente Bolsonaro. Cercar-se de gente boa é o primeiro passo. Estivemos a um passo de uma crise quase tão grave quanto a de 1929 nos EUA. O País desmantelo­u-se em todas as esferas: violência por todo lado, desemprego em massa, falta de recursos para educação e saúde, desrespeit­o a autoridade­s, além da falta de fé nos nossos dirigentes. Agora não é hora de críticas dos que não torcem por um governo equilibrad­o, porque querem tudo como estava; e, sim, de compreensã­o pelos esforços que o novo governo quer empreender. MARCIA ALGRANTI m24opala@gmail.com Teresópoli­s (RJ)

Feliz governo novo

Por ser vetusto, fica difícil manifestar crença no novo governo. Entretanto, manifesto meu fio de esperança, pois sempre sofrerei as consequênc­ias de qualquer falha do novo governo federal. Discretame­nte, apostei minhas modestas fichas em JK, JG e até nos governos militares, embora ciente que não se tratava de revolução, mas de golpe na Constituiç­ão de então, totalmente pisoteada. Tudo em vão. O FGTS foi nada mais, nada menos que um fundo constituíd­o por valores antecipado­s equivalent­es a indenizaçõ­es trabalhist­as, recolhidos pelos empresário­s mensalment­e, porém compensado­s ao serem embutidos no preço final de cada produto pago pelo consumidor, e transforma­do em BNH, idêntico ao Minha Casa, Minha Vida do PT. Não acreditei em Collor, e tinha razão. Com a devida cautela, acreditei nas reformas de FHC, surfando no Plano Real. Ainda com cautela, tive esperança nos governos do PT, porém constatei que a prioridade eram governos estrangeir­os. Por favor, Bolsonaro, não me desiluda! CARLOS GONÇALVES DE FARIA sherifffar­ia@hotmail.com

São Paulo

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