Defesa de Lula pede nulidade de condenação
Em pedido de habeas corpus apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que existe “irremediável perda de imparcialidade” para que o juiz Sérgio Moro processe e julgue o petista. Segundo os advogados, Moro “aceitou servir como ministro de Estado do principal opositor político” de Lula.
O ex-presidente está preso desde abril em Curitiba, base da Lava Jato. Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP).
Os advogados do petista pedem que o Supremo reconheça a suspeição de Moro para julgar o ex-presidente e decrete a nulidade de todos os atos processuais relativos ao caso do triplex e a outros ainda em julgamento. “Deve ser declarada a nulidade de todos os atos praticados naquela ação penal (caso triplex), estendendo-se seus efeitos para os demais processos conduzidos pelo juiz Sérgio Moro em face do ex-presidente Lula, além de restabelecer a sua liberdade plena.”
Interrogatório. A juíza Gabriela Hardt, sucessora de Moro à frente dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, interrogou ontem dois delatores da Odebrecht. Os engenheiros Emyr Diniz Costa Júnior e Carlos Armando Guedes Paschoal foram ouvidos no processo contra Lula e outros investigados relativos ao caso do sítio de Atibaia.