O Estado de S. Paulo

Cirque du Soleil traz o espetáculo ‘brasileiro’

‘OVO’, criado e dirigido por Deborah Colker, estreou em Montreal em 2009 e chega ao País dez anos depois, com turnê em quatro cidades

- Guilherme Sobota

O Cirque du Soleil vai trazer ao Brasil, enfim, o seu espetáculo “brasileiro”: OVO, dirigido e criado por Deborah Colker em 2009, estreia no País em Belo Horizonte, em março de 2019, e segue por Rio, Brasília e São Paulo, até maio.

As datas: 7 a 17 de março, em Belo Horizonte, no Ginásio Mineirinho; 21 a 31 de março, no Rio, na Jeunesse Arena; 5 a 13 de abril, em Brasília, no Ginásio Nilson Nelson; e finalmente em São Paulo, de 19 de abril a 12 de maio, no Ginásio do Ibirapuera.

As entradas custarão de R$130 (meia-entrada) a R$580 (inteira do setor premium em São Paulo).

Com a trilha sonora criada pelo compositor Berna Ceppas (parceiro musical de Deborah Colker desde os anos 1990) passando por várias fases da música brasileira (da bossa nova ao samba, xaxado e funk), e cenário de Gringo Cardia, o espetáculo conta a história de uma comunidade de insetos que recebe com alguma desconfian­ça um ovo “misterioso”.

Na coletiva de imprensa de apresentaç­ão do show nesta segunda-feira, 5, em São Paulo, a coreógrafa conta que recebeu a proposta de ser a primeira mulher a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil em 2006, quando o criador da companhia canadense, Guy Laliberté, viu a parede da peça Velox, de 1995. “Ele gostou da maneira que eu trabalhava o movimento e como a dança contava uma história, trazendo significad­os, não sendo apenas abstrato”, disse Colker.

Ela então propôs a ideia do ecossistem­a, “uma maneira bacana de relacionar técnicas de circo com as famílias de insetos”. O casting dos artistas e acrobatas, segundo Colker, foi um dos momentos mais especiais do processo de criação. Em OVO, são 50 deles, de 14 países, incluindo quatro brasileiro­s. O espetáculo estreou em 2009 em Montreal e segue em turnê mundial antes de desembarca­r no Brasil em 2019.

Colker conta que cresceu muito com o projeto (era o seu maior até então; em 2016, ela foi diretora de movimento da Olimpíada no Rio). “Quando começamos, me lembro de estar no estúdio ensaiando, e cada um dos atores tinha um tradutor. Quando eu pedia para todo mundo calar a boca, eles já estavam, na verdade, em silêncio. Essa Babel foi um aprendizad­o”, comenta. “Foi um processo de criação muito rico e intenso, e eu levei isso para os próximos trabalhos também.”

Os ingressos para o espetáculo começam a ser vendidos para o público geral no dia 29 de novembro. Clientes do Bradesco poderão participar de uma prévenda a partir já desta terça, 6, com desconto de 20%. O banco é o principal parceiro do espetáculo no Brasil, produzido pela empresa brasileira IMM.

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO ‘OVO’. A história de um estrangeir­o em busca de aceitação

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