Cultura e boemia em BH
A fama dos botecos a gente já conhece. Mas as atrações de Belo Horizonte vão além de seus menus de cerveja e cachaça. Centros culturais supermodernos, construções históricas, restaurantes de comida regional e parques que dão um respiro na rotina cabem direitinho em um roteiro de fim de semana – e ainda deixam espaço para botecar, não se preocupe.
Sábado Manhã Comece pelo Circuito Liberdade (circuitoliberdade.mg.gov.br). No encontro de quatro grandes avenidas da capital, ele tem a Praça Liberdade como ponto central – com uma vista espetacular do Palácio da Liberdade, antiga sede do governo do Estado – e prédios neoclássicos do século 19 que abrigam museus gratuitos. Entre eles estão o Centro Cultural Banco do Brasil, o Museu das Minas e do Metal e o Memorial Minas Gerais Vale, com uma incrível mostra interativa sobre a literatura e história locais.
O mergulho cultural pode continuar no Mercado Central (mercadocentral.com.br), um dos lugares mais tradicionais de BH. Enquanto algumas barracas expõem pilhas de queijo e bacias de pimenta, outras vendem cachaça, ervas e artesanato. Dá para garantir um souvenir e escolher um restaurante para almoçar. Uma coisa é certa: em qualquer casa dali é possível provar o fígado com jiló preparado na chapa e um legítimo feijão tropeiro.
Tarde
Fãs de futebol podem gostar de conhecer o Estádio Mineirão (R$ 20; estadiomineirao.com.br). A visita percorre salas que fazem bom uso da tecnologia para falar sobre curiosidades do futebol e relatar histórias de partidas realizadas ali.
Basta descer alguns quarteirões na avenida que margeia o estádio para chegar à famosa Lagoa da Pampulha. Há como circulá-la de bicicleta – tendas de aluguel se espalham pela orla – e parar nas construções que representam o modo de vida da antiga elite. Museu de Arte de Moderna, Iate Clube, Casa do Baile e a Igrejinha da Pampulha têm projetos de Oscar Niemeyer, paisagismo de Burle Marx e esculturas de Alfredo Ceschiatti. Depois de visitá-los – a entrada é gratuita; a Igreja está fechada para reforma –, eleja um cantinho da orla para apreciar o pôr do sol. Noite Mantenha o foco nas iguarias mineiras e feche o dia com um (ou dois?) dos curiosos pães de queijo recheados d’A Pão de Queijaria, no bairro Savassi. Sim, o quitute mais famoso do Estado ganhou uma casa cujo menu é totalmente dedicado a ele – e à cerveja. Tem com pernil, bacon, couve frita e queijo; com beterraba, queijo de cabra e mel e até sorvete de pão de queijo. Domingo Manhã Domingo é dia de parque: aproveite a área verde do Américo Renné Giannetti, bem no centro da cidade. Ela convida para um passeio sem pressa e até para um tour de canoa no lago – R$ 5 por pessoa.
Domingo em BH também é dia da feira hippie na Avenida Afonso Pena, do ladinho do parque. A via, fechada para carros nos dois sentidos, abriga barracas de antiguidades, artesanatos e comidas. Prefira ir pela manhã, quando a atmosfera é mais tranquilida.
Depois de muito bater perna, vale investir em um almoço especial no Xapuri (restaurantexapuri.com.br). A casa tem um lindo fogão a lenha e a porção de torresmo mais saborosa da cidade. Outras receitas merecem atenção: bolinho de mandioca, pastel de angu, costelinha frita e lombo assado. Fica longe do centro, no bairro Trevo, mas não decepciona.
Tarde
A próxima parada pode ser mais um endereço concorrido aos domingos, a Praça do Papa. Famílias e grupos de amigos se reúnem neste espaço do bairro Mangabeiras para fazer piquenique, passear com seus bichos de estimação e tocar violão. Do alto de seus 1.100 metros de altitude tem-se uma bela panorâmica.
Mas há uma ainda melhor. Da praça, caminhe dez minutos até o Parque das Mangabeiras (gratuito) e dirija-se ao seu mirante. Acomode-se ali, acompanhe o sol se pôr e tenha a sensação de estar no topo da cidade.
Noite
É hora de botecar. Saboreie um chope gelado com petiscos no central Bar da Esquina, cujo casarão abrigou a primeira cervejaria de Minas Gerais. Ou aposte na extensa carta de cervejas, drinques e cachaças do Café com Letras (cafecomletras.com.br). Misto de bar, centro cultural e livraria, o endereço da Savassi faz o tipo descolado e reflete o espírito boêmio de BH que ganhou lugar cativo na lista de seus principais botecos.