‘Quo vadis?’
Causam-nos grande preocupação declarações públicas do presidente eleito e/ou de seus futuros ministros-chave, em especial sobre temas internacionais, que têm mostrado desconhecimento de causa ou, no mínimo, falta de habilidade do futuro primeiro mandatário, que, diga-se, foi eleito não por suas ideias e seus programas de governo, mas, sim, pelos votos “contra” – contra os políticos corruptos, contra parte do Judiciário, contra a violência e, principalmente, contra o partido no poder por 13 anos. Antes de Jair Bolsonaro consolidar a formatação ministerial do seu governo, criar atritos internacionais de modo similar ao do atual presidente americano é, no mínimo, falta de habilidade, de visão, de discernimento e preparo para as responsabilidades que o cargo de presidente requer. E o mais difícil de aceitar é, após a péssima repercussão das declarações, assistir a novas declarações desmentindo as anteriores, ou dizendo que “nada ainda está resolvido”. Também são frustrantes algumas afirmações de futuros ministros que estão em contradição com falas do recém-eleito. Sem falar na infeliz observação do futuro titular da Economia sobre uma “prensa” no Congresso. Isso mostra falta de coordenação da equipe, ou de sincronismo. Enfim, tudo isso causa desesperança na população que nele confiou. Imaginem a insegurança que essa situação traz ao mercado, às empresas que estão pensando em retomar os investimentos. Tudo muito prejudicial ao País. VIZMARK IMAMURA vizmark.imamura@icloud.com
São Paulo