Zuckerberg é convocado a depor em comitê internacional
Em mais um capítulo do ano de escândalos do Facebook, Mark Zuckerberg está sendo pressionado a comparecer a uma espécie de comitê parlamentar internacional, com integrantes de cinco países. Formado por Reino Unido, Canadá, Irlanda, Argentina e Austrália, o comitê quer ouvir o executivo a respeito de desinformação e notícias falsas presentes na rede social.
Com ou sem a presença de Zuckerberg, os parlamentares disseram que a audiência será realizada no próximo dia 27, em Londres. Ontem, um membro do Comitê de assuntos digitais, cultura, mídia e esportes do governo britânico publicou uma carta na qual revela que Zuckerberg já recusou um primeiro convite para a audiência.
Segundo o documento, o Facebook declinou em 2 de novembro um convite feito em 31 de outubro, dizendo que “reconhece a seriedade do assunto e que está comprometido a providenciar informações adicionais caso necessário”.
O comitê, porém, afirma que a rede social não oferece soluções para uma colaboração efetiva entre as partes.
Na época do primeiro convite, apenas Reino Unido e Canadá faziam parte do comitê. A publicação da carta serviu para anunciar a entrada dos outros três países. Nela, um novo convite para a audiência foi feito, dizendo que a presença de Zuckerberg é “esperada e urgente”. Juntos, os cinco países têm 170 milhões de usuários do Facebook.
Se confirmar sua participação, não será a primeira vez de Zuckerberg numa audiência com políticos em 2018. Após o escândalo da Cambridge Analytica, em que dados de 87 milhões de usuários da rede social foram usados ilegalmente, Zuckerberg encarou dez horas de audiência com congressistas americanos no último mês de abril – cinco horas de sabatina no Senado e cinco horas num comitê do Congresso.
Em maio, foi a vez do parlamento europeu ouvir o executivo sobre o monopólio do Facebook, a disseminação de notícias falsas e o impacto nas eleições. O Facebook e ainda não se pronunciou sobre o novo convite.