Grupo vê ‘estranhamento’ em prisão de executivos
A defesa de Joesley Batista informou que ele é “colaborador da Justiça e tem cumprido à risca essa função”. Segundo o advogado André Callegari, “causa estranheza o pedido de sua prisão”. “Ele já entregou inúmeros documentos de corroboração.”
A J&F informou ainda que, em maio de 2017, eles levaram mais de dez anexos às autoridades com os fatos relativos ao Ministério da Agricultura. “Portanto, causa um imenso estranhamento e consequentemente insegurança jurídica que esses executivos estejam hoje sendo presos pelos fatos que eles mesmos levaram ao conhecimento da Justiça.” Segundo o advogado Pierpaolo Bottini, “a investigação só existe porque os executivos da J&F colaboraram com a justiça”. “Joesley, (Ricardo) Saud e Demilton (Castro) nunca se recusaram a colaborar.”
O advogado Délio Lins e Silva, que defende Eduardo Cunha, afirmou que “aparentemente o castelo de cartas de Joesley Batista começa a desmoronar”. A história é fantasiosa e, mais uma vez, a palavra sem valor desse delator não vem acompanhada de nenhuma prova.”
Em nota, a defesa do vice-governador de Minas, Antonio Andrade, disse que “haverá manifestação tão logo a defesa tome conhecimento do conteúdo do inquérito”. No depoimento, “Andrade respondeu a tudo o que lhe foi perguntado”. A defesa de Neri Geller disse que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos. O Estado não localizou a defesa do deputado João Magalhães.