O Estado de S. Paulo

Para evitar racha, PSL mantém cúpula em São Paulo

Major Olímpio continua na presidênci­a da sigla no Estado; controle estava sendo disputado por ‘descontent­es’

- AMENDOLA / P.V. e GILBERTO

O presidente nacional do PSL, o deputado federal eleito Luciano Bivar (PE), decidiu renovar o mandato da atual direção da sigla em São Paulo por 180 dias. A disputa pelo controle da legenda colocou nomes importante­s do partido, como a deputada federal eleita Joice Hasselmann (1.078.666 votos) e o senador eleito Major Olímpio (9.039.717 votos), em campos opostos.

Major Olímpio segue na presidênci­a da sigla no Estado, ao lado dos dez atuais integrante­s da Executiva, que ganhou mais dois lugares – Júnior Bozella, deputado federal eleito, e Tenente Nascimento, deputado estadual eleito. Segundo Olímpio, o diretório ainda tem estrutura provisória, e a convenção do partido para criar uma direção definitiva deve ocorrer em até um ano. O deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro permanece como vice-presidente da sigla em São Paulo.

Apesar do sucesso nas urnas, com a eleição de 15 deputados estaduais, o clima entre os membros do PSL no Estado não é dos melhores.

Após saber da confirmaçã­o de Olímpio na direção do PSL, Joice Hasselmann desejou sorte: “Espero que o presidente consiga ouvir as vozes descontent­es dentro do partido e, assim, promova a união e pacificaçã­o interna. Temos um longo caminho pela frente para dar sustentaçã­o ao governo Bolsonaro”, disse ao Estado.

Lista. Embora negue um racha interno, Joice confirma que teria sido procurada por um grupo descontent­e com a liderança de Olímpio – e com o apoio do senador eleito à candidatur­a de Márcio França (PSB) contra João Doria (PSDB). Desse grupo, teria nascido uma lista de possíveis substituto­s e futuros presidente­s do PSL no Estado.

Entre os indicados, estariam a própria Joice e o irmão do presidente eleito Renato Bolsonaro, que foi exonerado da Assembleia Legislativ­a de São Paulo em 2016.

O deputado Junior Bozzella também era um dos nomes cotados para assumir a presidênci­a do PSL em São Paulo. Ele ascendeu como possível liderança por causa de sua proximidad­e com Bivar e pela experiênci­a de ter organizado o PSL em São Vicente, no litoral paulista. Bozzella também seria a escolha para apaziguar os ânimos.

“Não vejo por que trocar o Major Olímpio, que tem trabalhado pelo partido e para fortalecê-lo no Estado. Política não é feita de vaidade ou de ego”, disse o deputado. No início da semana, a informação de uma dissidênci­a interna fez com que Olímpio reagisse e dissesse que “a maioria dessas pessoas que reclamam da minha liderança no PSL não sabe nem sequer onde fica a sede do partido”.

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MISTER SHADOW/ASI-19/9/2018 Cargo. Olímpio fica na presidênci­a no Estado por mais 180 dias
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NA WEB Portal. Veja mais notícias sobre política estadao.com.br/e/politicaes­tadao

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