Presença feminina é grande nos bastidores
Se por um lado o número de mulheres entre os pilotos é historicamente pequeno na Fórmula 1, por outro, pelo menos no Grande Prêmio do Brasil, a presença feminina é grande – elas exercem a maior parte das funções na organização do evento.
Claudia Ito, CEO da empresa organizadora do GP no Brasil, explica que ela é só uma das muitas mulheres no comando e que aproximadamente 80% das 25 vagas fixas da companhia são ocupadas por mulheres. Se não estão no grid, estão por toda parte fazendo o GP funcionar.
Tamas Rohonyi, promotor da prova e dono da empresa, é um defensor das mulheres na F-1. “Ele sempre gostou de trabalhar com mulheres. Acha que a mulher é mais detalhista. Além da dedicação e do perfeccionismo, também percebeu que a gente lida com muitas tarefas ao mesmo tempo”, diz Cláudia.
O evento mobiliza dez mil pessoas em três dias. Assim como Cláudia, que trabalhou atendendo telefone e entregando credenciais como voluntária na sua primeira experiência, boa parte desses trabalhadores tem outras profissões.
É o caso de Greici Aparecida, de 52 anos, gestora de segurança, que há 25 anos dedica uma semana do seu ano na organização da corrida. Ela coordena o portão da área técnica e tem 19 pessoas na equipe. Assim como Greici, Fabíola Bonadie trabalha no evento há mais de vinte anos e é a responsável por coordenar as cinco arquibancadas que têm venda a varejo.
Seu interesse não é pelo esporte em si, mas pelo evento. “Cresci com a F-1 por morar perto de Interlagos. Gosto da corrida, mas confesso que sou apaixonada mesmo pela organização, pela montagem, por ver tudo acontecer e ainda ver a empolgação do público”, conta.
Fabíola é responsável por cuidar da montagem das estruturas. Ela se certifica que as equipes de alimentação, fornecedores, limpeza, manutenção e segurança estejam alinhadas com as necessidades. “As pessoas não imaginam o trabalho que dá e a quantidade de gente envolvida em fazer esse espetáculo que é a F- 1 aqui no Brasil”, conta.