O Estado de S. Paulo

Setor A do autódromo reúne o fã ‘raiz’ da F-1

- / W.Jr.

O Setor A de Interlagos lembra a geral do antigo Maracanã. É nesta parte do autódromo onde estão os verdadeiro­s fãs da Fórmula 1. Uma “Torre de Babel” com pessoas de todas as partes do mundo misturadas na busca de um lugar por um bom preço.

Nada diminui o entusiasmo desse pessoal, nem mesmo a ameaça de chuva para o fim de semana em São Paulo, inclusive no horário da corrida. “Se chover, molhou”, brinca o empresário mato-grossense João Victor, que trouxe a mulher, Cleici, desde Colider, cidade a 700 quilômetro­s de Cuiabá. Fizeram este trajeto de carro antes de pegar um avião para São Paulo.

No Setor A, os fãs pagaram R$ 870 (R$ 435 a meia) para acompanhar os três dias do evento em um local onde se tem visão privilegia­da das famosas curvas de Interlagos – Laranjinha, Pinheirinh­o e Bico de Pato –, além da reta dos boxes e reta oposta.

O italiano Giancarlo Marttinni, de 72 anos, morador de Monza e torcedor fanático da Ferrari, aprovou o preço pelo fato de ser aposentado e não ter mais dinheiro para um local mais confortáve­l. “Gostei muito do lugar. Lógico que gostaria de me sentar em uma poltrona, mas está bom. Dá para ver boa parte da pista. Pena que Senna não estará aqui”, diz o turista.

O casal peruano Alfredo e Liliana desembarco­u em São Paulo na quinta-feira. “Não importa se está chovendo ou se vamos enfrentar sol forte. Gostamos de Fórmula 1 e o Brasil é a única chance que temos para ver uma corrida de perto. Guardamos dinheiro o ano todo para a viagem e este ingresso caiu direitinho no orçamento”, diz Liliana.

Ezequiel, representa­nte de vendas, explica que pesquisou preços e locais. “É a minha primeira vez na Fórmula 1, mas já estive aqui para acompanhar outras categorias. Com certeza, o Setor A é a melhor opção”, afirma. Também novato em Interlagos, o enfermeiro Márcio Alexandre estava entusiasma­do. “Achei que não seria tão divertido, mas você pode acompanhar quase toda a pista.” O ingresso mais barato é o do Setor G (R$ 610) e o mais caro, do Setor Q (R$ 3,1 mil). Cerca de 140 mil pessoas deverão passar pelo evento nos três dias.

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